A polícia de São João do Piauí, 438 quilômetros ao sul de Teresina, ainda investiga o assalto ao empresário José Ferraz de Carvalho, rendido em casa no início da manhã deste domingo (19) por bandidos que forjaram uma ação da Polícia Federal para realizar um assalto. Policiais de São Raimundo Nonato e Floriano reforçaram a segurança e fecharam as barreiras. Ferraz, que foi agredido pelo bando, é chamado de "padrinho" pela primeira-dama do Estado, Rejane Dias.

 

O delegado José Wellington acompanha o caso e já tomou conhecimento de detalhes do crime. "Eles realmente tentaram imitar uma operação da PF, usando as roupas e até mesmo no horário, por volta de 6h da manhã, quando a Polícia Federal faz suas operações", relatou ao Cidadeverde.com. A Parati de cor verde, vista na noite anterior na cidade em um bar, surgiu de manhã na porta do empresário com adesivo da PF.

 

José Ferraz havia recebido o telefonema de um irmão para que fosse à fazenda verificar o gado. Pouco depois, os bandidos chegaram afirmando que iriam levar o empresário. Eles colocaram a família em um quarto e revistaram toda a casa. O irmão, preocupado com a demora, voltou a ligar, e os bandidos permitiram que o empresário atendesse. Ferraz avisou que estava sendo assaltado, e os bandidos deram várias coronhadas na sua cabeça, e chutes, antes de fugirem.

 

Todas as jóias da esposa, Joana, foram levadas. Informações não confirmadas dão conta de que os bandidos levaram pelo menos R$ 4 mil, mas a polícia ainda espera o levantamento feito pelo próprio empresário, que atua no ramo varejista e de materiais de construção, além de ser pecuarista. Considerado um dos nomes mais influentes na cidade, José Ferraz é amigo da primeira-dama do Estado. Na cidade, Rejane Dias teria o hábito de chamá-lo de "padrinho".

 

O empresário não viu todos os bandidos, mas a polícia entranhou que dos seis assaltantes, só um estava encapuzado. O fato de um deles ter pedido que José Ferraz os levassem até seu escritório denotaria também que a ação foi planejada com muitos detalhes. Objetos revirados na casa já foram coletados e estão sendo trazidos para perícia em Teresina, no Instituto de Criminalística.