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Deputado faz greve de fome por aprovação de projeto

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O deputado José Edmar (PR-DF) começou nesta segunda-feira uma greve de fome até que a Câmara coloque em votação a PEC (proposta de emenda constitucional), de sua autoria, que cria um imposto único federal. Edmar anunciou o início da greve na tribuna da Câmara. O deputado promete ficar sem alimentar-se até que o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), se manifeste sobre a votação da matéria.

"Entro hoje, dia 20 de abril, também em homenagem a Tiradentes, que tem seu aniversário de morte amanhã, em greve de fome nesta Casa. Estarei aguardando algum posicionamento das autoridades. Não tenho mais como continuar vivendo aguardando. Acho que as milhares de pessoas no país que vivem essa situação de esquecimento também têm que ser lembradas", afirmou.

Edmar disse que vai ficar em greve de fome nas dependências da Câmara mesmo durante o feriado de Tiradentes, comemorado amanhã. O deputado argumenta que a greve de fome representa um "gesto de solidariedade com as milhares de pessoas que sofrem" em todo o país com a alta carga tributária. "Vimos o ministro Guido Mantega [Fazenda] e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, baixarem o IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] e reduzirem o Imposto de Renda, medidas que atenuaram a crise, mas não o suficiente para impedir a demissão de mais de um milhão de brasileiros. Não posso ficar inerte a esta realidade, não faz parte do meu comportamento", afirmou.

Prisão

Em 2003, José Edmar foi preso pela Polícia Federal como suspeito de liderar uma "quadrilha" de grilagem de terras no Distrito Federal. Na época, Edmar era deputado distrital na Câmara Legislativa do DF. A PF acusou o deputado de participação em crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva, parcelamento irregular do solo urbano e lavagem de dinheiro.

O parlamentar diz ser vítima de uma "perseguição" política desde a época da sua prisão. "Não tenho medo de morrer, porque sinto que no sofrimento morro a cada dia. Descobri que o homem não deve simplesmente viver. O homem deve marcar a sua existência. Há seis anos vivo com uma espada sobre minha cabeça. Sou inocente. Sou inocente", afirmou.

Fonte: Folha

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