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Em meio a debates sobre esquema tático, Fluminense encara Botafogo por vaga na final do Carioca

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O Campeonato Carioca está na reta final, e o Fluminense a um passo de conquistar uma vaga na decisão. O time enfrenta o Botafogo neste domingo (27), a partir das 16h, no Maracanã (RJ), pela partida de volta da semifinal do estadual.

Foto: Leonardo Brasil/FFC

Após a vitória por 1 a 0 no jogo de ida, na segunda-feira (21), o Fluminense que foi campeão da Taça Guanabara- pode perder por até um ponto de diferença e ainda avançar à final.

A vitória na segunda-feira, porém, fez uma discussão que rondou o clube tricolor esse início de temporada ganhar força novamente: o esquema tático. Após testes, o técnico Abel Braga indica avaliar o equilíbrio entre uma formação mais segura e outra que propõe mais o jogo.

Diante do elenco alvinegro, o Fluminense entrou em campo no 3-4-3, formação que vinha sendo utilizada no time titular, que atuou preferencialmente na Copa Libertadores.

Mas com Felipe fora, recuperando-se de uma pancada que sofreu contra o Olimpia, em Assunção (Paraguai), Abel optou por Manoel fechando a linha defensiva como jogador mais centralizado.

Após um primeiro tempo abaixo do esperado, e com poucas oportunidades, o treinador fez mudanças e a equipe passou a atuar no 4-3-3, não precisando de muita tempo para começar a assustar e conseguir abrir o placar, em gol de Arias que teve participação de Yago Felipe, um dos que havia entrado.

"Nós tínhamos uma equipe considerada titular, a que mais jogou, mas, em todas as oportunidades, os jogadores que entraram fizeram a diferença. E hoje não foi diferente (...). Estou muito contente porque, quem entrou, resolveu mais uma vez", disse o comandante.

"O meu time que não é considerado titular propõe muito mais o jogo que o considerado titular, mas o time titular é muito mais seguro. É assim. Então, tem jogos que vai jogar um grupo diferente de jogadores, e outros não", completou, em outro momento.

De fato, o assunto não chega a ser novo. As boas atuações da considerada "Equipe B" vinha gerando repercussão, até mesmo com pedidos de torcedores por mudanças no time titular.

Abel até as realizou, com as entradas de Martinelli e Arias, mas sem alterar o formato inicial do time. E como salientado pelo treinador, um dos fatores para isso era justamente o sistema defensivo.

Até a derrota para o Olimpia por 2 a 0, o Fluinense ainda não havia sofrido dois gols em uma só partida em 2022, e tinha sido vazado quatro vezes em 14 partidas.

Por outro lado, assim como aconteceu contra o Botafogo, alguns dos triunfos -em meio à boa sequência que o Fluminense encarava -, aconteceram após substituições que mudaram o escopo do time, como no caso dos clássicos com o Flamengo e Botafogo.

Nos triunfos contra Nova Iguaçu, Volta Redonda, Vasco e Resende, o Tricolor foi a campo com a formação inicial com dois zagueiros, seja 4-3-3 ou 4-4-2.

Vale salientar que, a partir do meio do ano, Abel Braga não contará mais com Luiz Henrique, atacante que vem sendo um dos destaques do time neste início de temporada. O jogador tem acordo assinado com o Betis, da Espanha, e o adeus vai obrigar a comissão técnica a pensar em soluções para o setor.

Aliado à venda dos direitos econômicos do jovem jogador - os valores envolvidos não agradaram a torcida -, a eliminação na Libertadores fez a pressão aumentar no clube tricolor, e causou questionamentos ao trabalho. 

Agora, quase que em tom de recomeço, Abel Braga e elenco buscam retomar a boa sequência que vinham apresentando e afastar de vez a crise, focando ainda nas disputas da Sul-Americana, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.

Fonte: UOL/FOLHAPRESS

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