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"Família Acolhedora" ganha destaque na Folha de S.Paulo

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A edição deste domingo (10) do jornal Folha de São Paulo deu destaque para o programa "Família Acolhedora", da Prefeitura de Teresina. 
 
O projeto destina R$ 150 durante três meses para famílias que derem abrigo a desabrigados pelas enchentes na capital, e funciona há cinco anos. Segundo o periódico, a vantagem do programa é a não ocupação dos colégios, o que mantém as atividades escolares na normalidade.
 
O número de pessoas que aderiram ao programa quadruplicou em relação ao ano passado. Além disso, a Folha destaca a bondade do aposentado Alcides Cruz, que abriu mão de receber o valor oferecido pela prefeitura e deu abrigo a duas famílias.
 
Veja a reportagem na íntegra
 
Teresina dá R$ 150 para acolher desabrigado
 
Programa criado pela prefeitura paga quantia a famílias que abrigam vítimas de imóveis alagados e em área de risco
 
Iniciativa atende a 1.800 famílias neste ano, quatro vezes mais do que em 2008; prefeitura diz que auxílio reduz demanda por abrigos
 
MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TERESINA
 
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
 
Os impactos causados pelas enchentes em Teresina (PI) estão longe de ser uma novidade na vida da população.
 
Tanto que um programa criado pela prefeitura local, há cinco anos, paga R$ 150 às famílias que abrigam em suas casas moradores que são forçados a abandonar imóveis alagados e que estejam em área de risco.
O que impressiona, no entanto, é que, neste ano, o programa -que foi batizado de Família Acolhedora- tem quatro vezes o número de participantes do ano passado. Hoje são 1.800 famílias. Em 2008, eram 450.
A Folha visitou uma das casas utilizadas no programa. No entanto, o dono do imóvel, o aposentado Alcides Cruz, 61, diz ter recusado os R$ 150 da ajuda de custo.
 
"Dinheiro não é tudo na vida. Não há nada mais gratificante do que ajudar um ser humano", afirma Cruz, que tem três casas e cedeu duas para famílias que foram atingidas pelas enchentes no município.
 
Gratidão
Uma das quatro pessoas abrigadas na casa do aposentado, a costureira Maria de Fátima Paiva afirma ter ficado surpresa com a recusa dele em receber a verba de R$ 150. "Eu tenho 48 anos e nunca vi alguém assim, que ajuda por ajudar, sem pensar no que virá em troca", disse ela.

O marido dela, Antônio Pedro da Silva, 57, também acolhido na casa, relata ser grato "pelo resto da vida" por Cruz ter lhe dado abrigo.
 
Além das casas cedidas, Cruz também colocou os objetos de outras famílias atingidas dentro da própria casa, no bairro Curva São Paulo, na região sudeste da cidade.
 
Vantagem
Para a secretária do Trabalho, Cidadania e Assistência Social de Teresina, Maria das Graças Amorim, a principal vantagem do programa é fazer com que haja uma diminuição no número de famílias que ficam em abrigos.

Ela aponta que, enquanto cerca de 1.800 famílias ficaram em casas do programa neste ano, 470 tiveram de ser colocadas em abrigos improvisados -como escolas municipais e estaduais. Com a utilização de escolas para alojar os moradores atingidos pelas enchentes, as aulas tiveram que ser suspensas na capital.
Pelas regras que regem o programa da prefeitura, o valor de R$ 150 às "famílias acolhedoras" pode ser pago por até três meses. Enquanto elas recebem a ajuda de custo, as famílias que são acolhidas ganham cestas básicas.

Segundo a Prefeitura de Teresina, o governo do Ceará demonstrou interesse em implantar o programa no Estado.
 
AÇÃO MANTÉM ESCOLAS ATIVAS
Com desabrigados em casa de famílias, evita-se que escolas se tornem alojamentos, o que permite que as atividades ocorram normalmente.
 
 
Da Redação
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