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Docentes prometem ocupar a reitoria e acionar reitor na Justiça

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A diretoria da Adufpi (Associação dos Docentes da Ufpi) anunciou agora pouco que vai ocupar a reitora da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) e impetrar ações judiciais contra o reitor Luis Júnior.
 


Os professores contestam decisões do reitor que tira poderes dos coordenadores de centro e reivindicam a nomeação do diretor e vice do Centro de Tecnologia (CT), que foram eleitos, mas que ainda não tiveram o direito de exercer os cargos.
 
Outra ação aprovada foi a formalização de denúncia junto ao MPF com intuito de apurar possível crime de prevaricação do coordenador da CAP/PRAEC, professor Antonio José Gomes. Segundo a Adufpi, o professor em documento afirma haver “professores que recebem mensalmente os salários sem descontos e não aparecem para cumprir suas responsabilidades”.
 
“Ora, se existem professores que têm faltado com suas responsabilidades na Universidade e a administração superior sabe, nós exigimos que seja divulgada a lista com nomes e cursos de cada um deles e exigimos do Reitor uma punição para estes docentes. De outro modo, soltar documento ofendendo toda a categoria, ao generalizar uma denúncia vaga, é desrespeito”, disse Francisco Cardoso, presidente da Adufpi.
 
Durante a Assembléia, alguns professores denunciaram que a administração superior da UFPI tem contratado pessoas de fora do quadro técnico e de docentes da instituição para ocuparem cargos de comissão, com salários que chegam a R$ 4 mil.
 
“A UFPI conta com aproximadamente 1.500 professores, sendo muito aposentados e aptos a trabalharem, com excelentes currículos e excelente qualificação, podendo contribuir efetivamente para o desenvolvimento da instituição e do Estado. Assim, a nossa Universidade não tem necessidade alguma de ter pessoas de fora do seu quadro exercendo funções que dizem respeito ao ensino, pesquisa e extensão. Esses comissionados, ligados inclusive a grupos políticos, desmoralizam e diminuem professores com o mais alto gabarito interno da UFPI”, criticou Cardoso.
Denúncias:

Vai protocolar junto a Ufpi solicitação de cópias dos atos de nomeações dos assessores: Cristina Queiroz Mendes Costa (filho do prefeito Sílvio Mendes) e Leandro Nunes Santos (filho do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado), bem como, o local e o horário de trabalho dos referidos assessores. Vale ressaltar que cada um desses assessores recebe gratificação de R$ 3.959,26 (três mil, novecentos e cinqüenta e nove reais e vinte e seis centavos).

Formalizar junto ao Ministério Público Federal solicitação de investigação de possível nepotismo cruzado na universidade.

Mobilizar os três segmentos da Universidade Federal do Piauí para ocupar as dependências do Centro de Tecnologia e a Reitoria da Ufpi.

Formalizar junto ao Ministério Público Federal denúncia de descumprimento de determinação judicial, via liminar da Justiça Federal, expedida em 13 de março de 2009. Liminar esta que determina a nomeação do Diretor e Vice-diretor do Centro de Tecnologia, respeitando a lista tríplice enviada pelo Conselho Departamental do CT.

Formalizar denúncia junto ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União contra a Pró-Reitora de Ensino e Graduação, Guiomar de Oliveira Passos.
 
Resposta
A assessoria de imprensa da UFPI informou que o reitor não irá se manifestar a respeito do ato que retirou poderes dos coordenadores de centros, por ter se comprometido com os mesmos a não levar o caso à imprensa enquanto analisa a medida.
 
Sobre a suposta prática de nepotismo, Luís Júnior informou que cabe a quem acusa provar a existência de parentes contratados na instituição. A assessoria mencionou ainda a lei 8.168, de 1991, que dá ao reitor a possibilidade de nomear até 10% dos cargos de comissão com pessoas de fora do quadro da instituição.
 
Yala Sena (com informações da Adufpi)
[email protected]
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