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Suspeito no caso Bruno e Dom é solto após pagar fiança de R$ 15 mil e vai cumprir prisão domiciliar

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Foto: Arquivo Pessoal 

Rubens Villar Coelho, suspeito de envolvimento nos assassinatos do indigenista Bruno Araújo e do jornalista Dom Phillips, foi solto nesta sexta-feira (21) após pagar fiança de R$ 15 mil. Ele cumpre prisão domiciliar em Manaus (AM).

Colômbia, como é conhecido, está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, segundo a Agência Brasil. Ele teve ainda o passaporte apreendido.

O juiz federal Fabiano Verli havia determinado a soltura de Colômbia no último dia 6. Ele estava preso por uso de documento falso, mas a Polícia Federal apontou a suspeita de ele ter sido mandante das mortes, ocorridas em junho.

Ele seguia detido devido a outro mandado, por pesca ilegal e associação criminosa.

O Ministério Público Federal recorreu, mas o magistrado manteve a decisão, com o argumento de que Colômbia tem o direito de se defender em liberdade.

"É verdade que a conduta do preso é lastimável. Ele criou esse problemão para si. Não foi o MPF [Ministério Público Federal] ou a PF. Não obstante isso, reafirmo: há documentos por onde se começar uma busca em caso de fuga", escreveu o juiz, na decisão do dia 6, em referência ao delito de uso de documento falso.

Durante as investigações, Colômbia se apresentou, no início de julho, espontaneamente à Polícia Federal dizendo que tinha como objetivo esclarecer informações que estavam sendo divulgadas a respeito do nome dele e de sua relação com o crime e com o tráfico de drogas.

Na ocasião, ele apresentou um documento falso e foi preso. As investigações apontaram, depois, que ele era suspeito de envolvimento nas mortes. Em depoimento à PF, Colômbia negou qualquer participação no crime.

Bruno e Dom foram assassinados no começo da manhã de 5 de junho, quando trafegavam pelo rio Itaquaí, ao lado da terra indígena Vale do Javari, rumo a Atalaia do Norte (AM). A cidade é a mais próxima do território e fica na região de tríplice fronteira do Brasil com Peru e Colômbia. O crime teve como motivação a pesca ilegal na região, segundo a investigação.

Bruno era servidor licenciado da Funai (Fundação Nacional do Índio) e atuava para a Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), especialmente na estruturação de um serviço de vigilância indígena para fiscalização do território.

A Procuradoria denunciou os pescadores Amarildo Oliveira, o Pelado; Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha; e Oseney de Oliveira, o Dos Santos. A acusação é de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáveres. Eles seguem presos.

 

Fonte: Folhapress

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