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IBGE: indígenas crescem 116% e maioria da população é de mulheres no Piauí

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Foto: renato Andrade/Cidadeverde.com


No território piauiense cresceu a presença de indígenas – chegando a 116% de aumento – e a maioria da população em geral continua sendo a do sexo feminino – 51%. Nesta quinta-feira (3), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou de forma parcial os dados do Censo 2022. O Piauí lidera ranking do Censo com a maior quantidade população recenseada. A estimativa do Instituto é que a população do estado chegue a 3,2 milhões. A de 2010, a mais antiga, o Piauí registrou 3 milhões 118 mil 360 pessoas morando no estado. 

Segundo o IBGE, 86% da população estimada já foi recenseada desde que o dia 1º de agosto, quando os recenseadores começaram a visitar os domicílios. 

Dos 224 municípios piauienses, 189 estão com mais de 80% da população recenseada. A estimativa do IBGE é que até meados de dezembro a coleta seja concluída e o balanço preliminar apresentado até o dia 28 de dezembro. 

Os dados apresentados durante a coletiva na sede do IBGE na zona Leste de Teresina revelam que as mulheres são maioria no Piauí com 51,15%; os homens são 48,85%. 

Indígenas e quilombolas 

Uma das novidades do Censo 2022 foi a inclusão da população quilombola. Antes, o Instituto fazia o registro somente da população indígena. 

No último Censo Demográfico, realizado em 2010, as pessoas que se autodeclararam indígenas foram 2.944. Este ano, até o momento, já foram contados 6.370. Um crescimento de 116%, quando comparado com 2010. 

Com relação aos povos e comunidades tradicionais, os quilombolas, os recenseadores contaram até o momento 27.258 pessoas que se autoidentificaram como quilombolas. 

Evolução da coleta no Piauí

O Piauí tem até o dia 31 de outubro, 23 municípios que encerraram a contagem da população. Além disso, 80 deles estão com mais de 80% finalizados, 98% entre 50 e 79% finalizados; e 23 com menos de 50% dos setores finalizados. 

“Nesse momento o IBGE traz apenas um balanço geral da operação para mostrar o andamento da coleta. Graças a tecnologia que a gente tem, por exemplo, podemos mostrar os dados preliminares das pessoas por sexo, dados de indígeneas e quilombolas”, destacou Leonardo Passos, superintendente do IBGE no Piauí. 

Em 2023 serão apresentados pelo IBGE os dados por temática, como população autista, saneamento básico, mercado de trabalho, dentre outras informações. Isso porque, segundo Leonardo Passos, são dados com uma complexidade maior de serem contabilizados e por isso precisam de mais tempos para serem finalizados. 

Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com 

O supervisor de disseminação de informações do IBGE no Piauí, Eyder Mendes, reforçou a afirmação do superintendente, destacou sobre a complexidade que dados mais específicos têm de serem totalizados e o porquê o Censo deste ano não incluiu a questão da orientação sexual.

“Sobre a orientação sexual ainda é muito complexo porque geralmente o responsável da casa responde pelos moradores. Fica difícil você perguntar para um pai, por exemplo, qual a orientação de um morador. Porque é uma pergunta individual e que só a pessoa pode responder. O IBGE ainda estuda como isso pode ser feito. Houve até um mapeamento no Rio de Janeiro este ano, mas ainda é fase experimental”, frisou Eyder Mendes. 

Identificação dos recenseadores

Todos os recenseadores estarão devidamente uniformizados com boné, colete e bolsa azuis com a logomarca do IBGE. No colete, haverá também o crachá de identificação, contendo a foto e os números de matrícula e identidade do entrevistador. Os moradores poderão verificar a identidade de todos os entrevistadores através do site respondendo.ibge.gov.br ou do telefone 0800 721 8181.

 

Nataniel Lima
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