De acordo com vizinhos do sítio que preferem não se identificar, o imóvel é alugado por um policial. “Nós vemos mais movimentação aí nos finais de semana. Tem muito movimento, churrasco, entra e sai de gente”, afirma um casal que reside em prédio localizado na mesma rua.
O sítio, de número 5375, fica localizado no mesmo quarteirão do Palácio San Michel, nas proximidades do Zoobotânico. O delegado Emir afirma que chegou até o local através de denúncia de pessoas que residem próximo ao local. A abordagem foi feita por volta das 11h de hoje. O delegado apurou que o imóvel foi alugado por um policial identificado como Ivan para o Delegado Geral.
Estiveram presentes policiais militares do 5º Batalhão e do 1º Distrito Policial, que investiga furto dos móveis. “Toda a polícia se retirou do local por ordem superior e não fizeram a apreensão dos móveis. Mas não acredito que tenha sido ordem do secretário Robert Rios, até porque ele está viajando. Isso é um atentado e só não terá punição se o secretário Robert Rios não determinar a instauração de sindicância”, afirma Emir Maia.
O sindicato irá agora denunciar o caso ao Ministério Público Estadual, à Ordem dos Advogados do Brasil e à Comissão de Direitos Humanos do Ministério Público Federal.
“Você não pode simplesmente invadir e retirar objetos de um lugar. Uma ação dessas tem que vir com determinação judicial de reintegração de posse. É um crime sim. Mas como se trata de funcionalismo público torna-se abuso de autoridade”, explica Emir.
A sede do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil foi arrombada às 15 horas do dia 11, início deste mês. De lá forma levados móveis, eletrodomésticos e até a placa de tombamento da instituição.
O secretário Robert Rios classificou o “suposto assalto” como disputa interna. Em nota, logo após o crime, informando que mandou instaurar Processo Disciplinar por “transgressão” contra os delegados por “alardearem nos meios de comunicação notícia mentirosa sobre o suposto assalto”.
Leilane Nunes
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