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PSDB obstrui votações para reivindicar presidência da CPI

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O PSDB decidiu obstruir as votações no plenário do Senado para protestar contra ações da base aliada governista que teriam como objetivo enfraquecer a CPI da Petrobras criada na Casa Legislativa. Os tucanos cobram que o governo aceite a indicação de um parlamentar da oposição para presidir a CPI, assim como argumentam ter direito a mais uma vaga entre os titulares da comissão parlamentar de inquérito.

O PSDB ainda apresentou como razão para obstruir as votações a decisão do PT de promover nesta quinta-feira protesto no Rio de Janeiro contra a CPI da Petrobras --com a participação de movimentos sociais e entidades como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical.

"O PT convocou a velha e cansada CUT para tentar fazer uma manobra fascista, querendo mostrar que o meu partido é contra a Petrobras. Querem jogar o PSDB contra a opinião pública, mas nós somos os verdadeiros defensores da Petrobras", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).

A bancada do PT na Câmara convocou as centrais sindicais para realizar manifestação na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. Os sindicalistas prometem fazer um abraço simbólico no prédio da empresa e mobilizar a opinião pública contra as investigações na estatal em meio à crise econômica internacional.

Quanto ao número de cadeiras na CPI, os senadores do PSDB argumentam que a divisão dos integrantes deve ter como base o tamanho das bancadas partidárias no momento em que os senadores foram diplomados --e não tomando como parâmetro a quantidade atual de parlamentares na Casa. A mudança permitiria aumentar uma vaga para o DEM ou PSDB na comissão, uma vez que a oposição tinha mais senadores na data da diplomação do que no quadro atual das bancadas.

Pela divisão anunciada no Senado, a oposição ficaria com três das 11 vagas de titulares da CPI --enquanto partidos da base aliada governista teriam direito a oito cadeiras na comissão.

Na obstrução, os tucanos aceitaram votar apenas indicações de autoridades no plenário do Senado, mas vão tentar impedir a análise de medidas provisórias que trancam a pauta de votações da Casa.

Divergências

O PSDB quer emplacar o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) na presidência da CPI da Petrobras. O DEM, por sua vez, indicou o senador Antônio Carlos Magalhães Junior (DEM-BA) para o cargo. A oposição promete chegar a um consenso para indicar apenas um nome para a relatoria --embora o DEM não tenha sinalizado a disposição em abrir mão da indicação de ACM Junior.

"Nós vamos acertar com o DEM e ter um candidato único para os cargos de comando da CPI. A nossa relação é perene", disse Virgílio.

Os governistas, por sua vez, trabalham nos bastidores para que a base aliada fique com a presidência e a relatoria da comissão.


Fonte: Folha

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