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Jogador se identifica com drama de Reylan: 'Só eu sei o que passo'

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Enquanto populares aplaudiam o resgate do professor Reylan Nunes, que ameaçava se jogar da ponte Wall Ferraz por falta de apoio para seu projeto de Atletismo, um outro professor passava pelo mesmo local, parou ao final da ponte e disse: "É triste. Sei muito bem o que é isso. Só eu sei o que eu passo".
 
Fotos: Fábio Lima/CidadeVerde.com


Denilson da Silva Francisco é conhecido em Teresina como "Carioca", e há um ano dá aulas no Clube de Engenharia, que cedeu seu campo de futebol. Ex-jogador de futebol, ele mantém com o amigo Rato, ex-jogador do River, uma escolinha voltada para crianças e jovens carentes. Na bicicleta, além de ir até a casa no Morada do Sol, ele busca patrocínio para os meninos.
"As crianças, muitas vezes, não tem um vale transporte para ir ao treino. Busco patrocínio sempre, tudo sou eu quem corre atrás. E o poder público quase não ajuda", disse Carioca, que descarta tentar um ato como o de Reylan, apesar de admitir a dificuldade comum a todos os esportistas.
 


Carioca, na verdade, tem motivos para comemorar. Ele afirma que nesta sexta-feira (22), dois de seus alunos estão no Rio de Janeiro para assinar contrato com o São Cristóvão, clube que revelou o fenômeno Ronaldo, aos 15 anos de idade. Em Teresina, a escolinha, que mantém parceria com o Vasco da Gama/RJ, conta com cerca de 45 alunos.

Fábio Lima
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