O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Cocal, José Maria Siqueira, descreveu o que viu no momento em que rompeu a Barragem de Algodões I. José criticou a atitude do engenheiro responsável pela obra, Luis Hernani, que disse não haver risco de rompimento.
Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Cocal da Estação, José Maria Siqueira |
Ele estava há 1,5 quilômetro do local e se dirigiu até as pessoas que estavam na parte debaixo da barragem, pedindo para que corressem, pois a água estava vindo com toda força. “Eu pedi para as pessoas saírem e não demorou muito, quando começaram a correr, a água chegou. Foi muito desespero”, destacou.
O presidente do sindicato afirma que as famílias só retornaram para as margens do rio Pirangi, porque o engenheiro responsável pela obra da barragem, garantiu que não havia riscos. “Ele veio aqui semana passada e disse que não ia romper, na frente do juiz, do promotor e de todos. Que não tinha nenhum risco e as famílias poderiam voltar, mas como era que não ia arrombar se estava com 30 metros de fundura”, criticou José Maria Siqueira.
Fotos:Emgerpi |
As famílias retornaram para suas casas na última sexta-feira(22), depois que a presidente da Emgerpi, Lucile Moura, o engenheiro Luis Hernani, garantiu que poderiam retornar para suas casas, nas localidades próximas à barragem. Segundo a Emgerpi, 2.500 pessoas foram levadas de volta.
O Cidadeverde.com apurou que durante uma reunião realizada entre a Emgerpi, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Prefeitura local, Vereadores e Defesa Civil, um oficial da PM, teria pedido cautela na volta das famílias, pedindo até para que deixasse o período chuvoso passar, mas sua opinião foi vencida com a garantia dos técnicos de que estava sob controle.
Caroline Oliveira
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