O major João Costa, do Corpo de Bombeiros, informou que existem localidades em Cocal em que a equipe só chega usando cavalo e, às vezes, a pé. "Não existe mais estrada. Há muitas árvores obstruindo passagem e a opção muitas vezes é usando cavalo e caminhando para prestar socorro aos feridos", disse o bombeiro Costa, que ajuda no resgate das famílias. Neste sábado, a prioridade será o deslocamento de cestas básicas, roupas, remédios e procura por mais desaparecidos.
Foram contabilizados seis mortos e três desaparecidos, segundo dados da Defesa Civil. Os povoados mais críticos são Frecheiras, Angico Branco, Cruzinha e Franco.
A distribuição dos alimentos e remédios ficou dificultada, já que os helicópteros têm pouca capacidade de deslocamento. Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) foi deslocada para essa função, mas está parada em Teresina por falta de combustível. O governo garantiu que o helicóptero estará em operação amanhã.
Sem luz
A Companhia Energética do Piauí (Cepisa) prevê que faltará luz pelo menos por mais dez dias nas cidades de Cocal e Cocal do Alves. A correnteza levou 17 postes e deixou as duas cidades sem energia. A companhia trabalha de forma emergencial para reerguer 2 km de rede de energia.
Doações
O prefeito de Cocal, Fernando Sales (DEM), anunciou hoje que abriu uma conta bancária para recebimento de doações destinadas a ajudar as vítimas. As pessoas podem depositar qualquer valor na agência do Banco do Brasil número 1777-9, conta corrente 2009-5.