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Engenheiro nega ter dado aval à volta de famílias

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O engenheiro Luiz Hernani de Carvalho divulgou nota à imprensa neste sábado (30) em que dá sua versão para a tragédia na barragem Algodões I. Citado como o especialista que garantiu não haver possibilidade de rompimento do reservatório em Cocal, 268 quilômetros ao norte de Teresina, ele reafirmou tecnicamente tal condição, mas disse ter recomendado a permanência das famílias longe das áreas de maior risco, e não o retorno delas para suas casas, como ocorreu na semana passada.
 
Fotos: Arquivo Emgerpi

 
"A reunião, após a visita realizada no início do mês, foi registrada em Ata, cuja imprensa tem noticiado o teor de forma parcial. Infelizmente, não foi citado, que nesta Ata, também, se encontra registrada as minhas palavras que alertam que, apesar de não haver risco de arrombamento, as pessoas que moram as margens do rio (zona de maior risco), ainda ficavam impedidas de voltar", diz a nota.
 
De fato, a ata, publicada em reportagem do Cidadeverde.com neste sábado  (veja aqui), registra que "Prof. LUIZ HERNANE DE CARVALHO, que relatou que não existe em hipótese alguma, a possibilidade de rompimento da Barragem, porém, que os trabalhos de segurança que foram realizados são relevantes. Entretanto, que as populações já podem retornar para as suas residências, evitando-se o retorno daquelas que moram no leito do rio".
 

Luiz Hernani, que relata ter pedido ao Governo do Estado apenas o pagamento da passagem aérea para verificar o local, diz ainda que Lucile Moura, presidente da Empresa de Gestão de Recursos do Piauí - Emgerpi -, "relatava os problemas que estava tendo com a população ribeirinha, chegando inclusive a citar que em determinados casos foi necessário à utilização da força policial, para que pudesse retirar os mesmos da zona de risco elevado".
 
Em outro trecho, o engenheiro declara não ter visto uma barragem se romper de tal forma em seus 50 anos de profissão. Antes, Luiz Hernani diz no mesmo documento, que não participou da fiscalização da construção das obras, e que "Uma série de fatos estranhos aos padrões internacionais de segurança, ocorreu pela qual podemos concluir que contribuíram para o colapso daquela barragem", mas que é prematuro insinuar que houve falha na construção.
 
  • Veja a íntegra do documento
 
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