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Motoristas fecham rua no Centro de Teresina em protesto no 2º dia de greve

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Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com 

Motoristas e cobradores do transporte coletivo fecharam a rua Areolino de Abreu nas proximidades praça da Bandeira no Centro de Teresina. Os trabalhadores colocaram um ônibus para impedir a circulação de outros veículos no local. A manifestação foi encerrada pouco antes das 12h. 

O protesto marca o segundo dia da greve da categoria, que pede entre outras demandas, o reajuste salarial, e foi acompanhado por policiais do 1º BPM, agentes da Strans e por homens da Guarda Municipal de Teresina.

Os usuários do transporte coletivo precisaram deixar as paradas que ficam no entorno da Praça da Bandeira para conseguir ter acesso aos veículos alternativos cadastrados.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com 

A aposentada Antonia Maria, de 68 anos, está há 40 minutos esperando um ônibus. Sem sucesso, ligou para uma cunhada ir pega-la na praça do Fripisa para que consiga ir para uma consulta. 

“A consulta está marcada pra as 11h. Sai de casa às 7h e estou nesta parada há mais de 40 minutos. Vim da zona Norte de ligeirinho porque não tinha ônibus. E nem aqui está aparecendo ônibus também. Só quem sofre com esse descaso é a população”, lamentou Antonia Maria.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com 

O presidente do Sintetro, Antônio Cardoso fez críticas à Prefeitura por não ter dado uma resposta para a categoria ainda na segunda-feira, para que os motoristas e cobradores suspendessem a greve.

“É uma gestão muito difícil. A gente até acredita na conversa. Mas a gente é iludido. Temos uma conversa saudável, a gente traz pra categoria. Ontem pensamos que teríamos uma resposta pra categoria para o nobre prefeito, talvez a greve fosse suspensa ontem ainda para ter ônibus nas ruas. Mas na realidade nós fomos enganados porque eles não apareceram para conversar com a gente.  E a categoria se indignou e gera isso: indignação, raiva. E a gente não consegue mais controlar a categoria”, destacou Cardoso. 

O presidente ressaltou acredita que logo o Sintetro receberá uma ordem para colocar pelo menos 30% da frota nas ruas, mas, para ele, o desafio será convencer a categoria a rodar com os ônibus, já que os trabalhadores não querem trabalhar porque estão há 44 dias sem receber. 

“Tenho certeza que vamos receber uma notificação logo. Mas é muito difícil ele fazer a categoria rodar porque hoje faz 44 dias sem salário. Como alimenta a família? A gente queria pedir a compreensão da população. Sei que é difícil”, pontuou Cardoso.

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que irá acionar o Ministério Público do Trabalho (MPT) para que o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sintetro) coloque 70% da frota durante os horários de pico e 30% no restante dos horários.

 

 

Flash Nataniel Lima 
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