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Estudantes se unem a motoristas e cobradores no 4º dia de greve

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Foto: Breno Moreno/ Cidadeverde.com

No quarto dia de greve da categoria, motoristas e cobradores ganharam o apoio do movimento estudantil. Os dois grupos se uniram em uma manifestação na tarde desta quinta-feira (16) na praça do Fripisa, no Centro de Teresina.

O ato foi convocado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), mas também contou com representes estudantes da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e do Instituto Federal (IFPI).

Thays Dias, diretora financeira do DCE da Ufpi, explicou que a manifestação vinha sendo discutida a algum tempo com os Centros Acadêmicos. Segundo ela, é inaceitável que motoristas e cobradores precisem fazer uma greve para receberem seus direitos.

“A situação se agravou muito quando os trabalhadores precisam fazer uma greve por não estar recebendo o seu salário. Não tem transporte para a população e a Prefeitura diz que vai resolver daqui a três meses. Queremos a melhoria do transporte, aumento da frota e transporte de qualidade”, disse a estudante.

Foto: Breno Moreno/ Cidadeverde.com

A diretoria do DCE da Ufpi ainda pontuou que a crise no transporte público é um problema que afeta não apenas motoristas e cobradores, mas toda a população teresinense, inclusive os estudantes.

“Isso é uma situação que prejudica os trabalhadores e os estudantes. Os trabalhadores, a grande maioria, não trabalha no seu bairro. Os estudantes moram liguem das universidades então atrapalha, assim como toda a população da nossa cidade”, frisou Thays Dias.

Durante o ato, o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transporte Rodoviário (Sintetro) comentou como positiva a nova liminar do TRT, que obriga as empresas do transporte público a quitarem seus débitos com motoristas e cobradores.

Apesar de ver a medida como positiva, a entidade ainda cobra dos empresários a assinatura da convenção coletiva da categoria.

“Sem convenção assinada eles vão continuar fazendo isso todos os meses. É só lembrar de dezembro, quando acabou a convenção, janeiro, fevereiro e agora estamos em março. Todo mês é isso, adoecendo a categoria, que precisa recorrer ao Ministério Público do Trabalho para poder tentar fazer acordo”, disse Antônio Cardoso, presidente do Sintetro.

O sindicalista destacou que a greve será mantida, mesmo com a decisão judicial que obriga a circulação de pelo menos 80% dos ônibus durante o movimento.

Nesta sexta-feira (17) a categoria irá se reunir para discutir a proposta que uma das empresas apresentou. Caso haja consenso, parte dos trabalhadores podem acatar os termos e voltar os trabalhos. 

“A gente vai fazer uma assembleia. Recebemos uma proposta. Apesar de não ter sido formalmente temos que apresentar para a categoria. Uma única empresa, mas temos que avançar. Se os trabalhadores sentirem que a proposta é conveniente para eles, não temos nada contra. Só acho um pouco pequeno o reajuste, mas é o direito de cada um”, concluiu Antônio Cardoso.

Foto: Breno Moreno/ Cidadeverde.com

 

Flash Breno Moreno
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