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Câncer colorretal pode ser melhor tratado se descoberto nos estágios iniciais; entenda

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Foto: Pixabay

 

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima, para o triênio de 2023 a 2025, mais de 45 mil casos de câncer colorretal por ano. O instituto estima 20,78 novos casos a cada 100 mil homens e de 21,41 a cada 100 mil mulheres. A incidência do tumor perde apenas para os diagnósticos de câncer de mama, nas mulheres, e o de próstata, nos homens. Diante deste cenário, o Ministério da Saúde recomenda a prevenção e o acompanhamento dos sintomas.

O principal meio de prevenção do tumor é a mudança de hábitos de vida, segundo o chefe da Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização da Rede do Inca, Arn Migowski. "A obesidade, o tabagismo e o consumo de álcool e de carnes processadas, tais como linguiça, salsicha, bacon, presunto, salame e mortadela, são todos fatores de risco”, alerta.

Na avaliação de Migowski, adotar uma boa dieta é fundamental. "Há pesquisas que apontam que o consumo de 50 gramas dessas carne processada é capaz de aumentar em 18% o risco de desenvolvimento de câncer colorretal”, salienta.

O especialista destaca que o consumo de carne vermelha deve ser limitado. “A recomendação é até 500 gramas de carne vermelha por semana. Além disso, frutas, verduras e legumes são alimentos auxiliares, que devem ser consumidos no mínimo em 5 porções diárias, pois garantem o bom funcionamento do intestino e ajudam a prevenir o câncer. Precisamos lembrar que a maioria dos casos não tem influência hereditária, ou seja, um fator familiar, mas sim de fatores de risco como esses, ligados ao estilo de vida”, reforça.

Arn explica ainda que, mesmo chamado de câncer colorretal, a designação do nome se refere ao surgimento do tumor a depender da porção do intestino. “O câncer de reto é aquele que acontece na parte final, antes do ânus, enquanto o câncer de cólon acomete o restante do intestino grosso”, esclarece.


Diagnóstico

O especialista do Inca acrescenta que um dos principais sintomas do câncer de reto é o sangramento visível nas fezes ou a sensação de esvaziamento incompleto do intestino. No entanto, quando o tumor está no cólon, devido à extensão do intestino e de sangramentos em pequenas quantidades, o sangue se mistura nas fezes e a pessoa não percebe o sintoma. “Por isso, a anemia é um dos sinais de alerta que pode indicar câncer, especialmente em idosos, devido à perda não perceptível de sangue”, observa.

Arn Migowski esclarece que, nestes casos, para identificar o sangramento, é necessário um exame de sangue oculto nas fezes. “Depois do exame, se houver alteração, a recomendação é realizar uma colonoscopia para confirmar ou descartar o diagnóstico”, explica.


Tratamento

O tratamento oncológico deve ser individualizado, pois cada paciente e situação exigem uma abordagem terapêutica específica. Atualmente, o SUS oferta tanto o diagnóstico como o tratamento e preconiza a estratégia de diagnóstico precoce.

A rede pública de saúde conta com 315 hospitais habilitados na alta complexidade em oncologia no Brasil, entre Centros de Assistência de Alta Complexidade (Cacon) e Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), habilitados ao tratamento oncológico.

 

Fonte: Ministério da Saúde

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