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Uruguai e Brasil fazem jogo decisivo pelas Eliminatórias

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Uruguai e Brasil não disputam uma simples partida pelas Eliminatórias da Copa de 2010, neste sábado, às 16 horas, no Estádio Centenário, em Montevidéu - o jogo terá cobertura online do estadao.com.br e transmissão da Eldorado/ESPN, também no FM 107,3. Está em jogo um longo jejum de 33 anos sem vitórias brasileiras sobre os uruguaios e, mais do que isso, uma briga dura por uma vaga no Mundial da África do Sul. A seleção de Dunga vai encontrar um estádio lotado - 52 mil ingressos foram vendidos -, um gramado ruim, muito frio e uma pressão absurda dos anfitriões.



Sobra confiança aos donos da casa. É certo que na multidão uruguaia aquela surrada bandeira, evocando a tragédia do Brasil na Copa de 1950, quando perdeu a final para o Uruguai em pelo Maracanã, será estendida neste sábado no Centenário. Mas não é só isso. Com 17 pontos, na quinta colocação, o Uruguai tem de vencer para entrar na zona de classificação das Eliminatórias. Uma vitória diminuiria para um ponto a diferença que eles têm do Brasil, que hoje é o segundo colocado, com 20.

A seleção brasileira precisa mesmo ter cuidado. Se perder em Montevidéu, pode deixar o segundo lugar para a Argentina, que tem 19 pontos e recebe a irregular Colômbia (sexta colocada, com 14 pontos), também neste sábado, em Buenos Aires, pela 13ª rodada das Eliminatórias. Sorte de Dunga que o Chile, que está na terceira posição com 20, visita o líder Paraguai, dono de 24 pontos até agora.

Evidente que as contas de Dunga não são essas. O treinador da seleção trabalha com a hipótese de duas vitórias, contra Uruguai e o Paraguai (quarta-feira, em Recife), para deixar quase liquidada a classificação brasileira ao Mundial de 2010. Por isso mesmo, ele armou o time na retranca para o jogo em Montevidéu. O volante Gilberto Silva será um terceiro zagueiro, ao lado de Lúcio e Juan. Além disso, Daniel Alves, Elano, Felipe Melo e Kléber fecham a defesa, dando a Kaká a missão de acionar os atacantes Robinho e Luís Fabiano.

Será o duelo da melhor defesa, o Brasil, com apenas cinco gols sofridos até agora, contra o melhor ataque, o Uruguai, com 21 gols a favor em 12 jogos das Eliminatórias. "Se eles têm um grande ataque, a nossa defesa é a menos vazada das Eliminatórias", disse o zagueiro e capitão Lúcio. "Isso não quer dizer que temos de adotar uma postura defensiva. Temos bons jogadores lá na frente, temos de atacar também."

Dunga prevê uma partida duríssima. "Nunca vi até hoje um jogo fácil de Eliminatórias. Contra o Uruguai ainda tem a velha rivalidade, aquela história de raça. É uma seleção compacta e que joga em velocidade. Temos de encontrar uma forma de desbloquear isso tudo", avisou o treinador. Outra preocupação dele, fora toda a atmosfera que envolve o jogo, é o atacante Diego Forlán, artilheiro do último Campeonato Espanhol, com 32 gols.

"O Forlán fez um grande temporada na Espanha e merece toda a nossa atenção", comentou o goleiro Julio Cesar. "Se eles têm o Forlán, nós temos também grandes atacantes. A seleção brasileira tem de ser respeitada", completou Lúcio. O problema é que os uruguaios nunca respeitaram o Brasil. E, parece, não será neste sábado, em pleno Estádio Centenário, que eles vão fazer isso.
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