A equipe paranaense que participou das buscas por vítimas do rompimento da barragem de Algodões, no Piauí, retornou na noite de segunda-feira. Quatro cães e seis policiais militares da Companhia de Choque e mas três bombeiros do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), trabalharam por 26 dias em Angico Branco, a 45 quilômetros da barragem.
Segundo o tenente Willians Taurino Moreira, que comandou a operação por parte da PM, no local, foram registradas nove mortes e duas crianças desaparecidas. “Durante a operação conseguimos encontrar o corpo de uma criança, de aproximadamente 1 ano, 19 dias após o rompimento da barragem”, contou. A outra criança continua desaparecida.
A localização das vítimas foi dificultada pela extensão do desastre e pelo grande número de animais em decomposição. “Acredito que o número de óbitos só não foi maior devido à água ter demorado cerca de uma hora para chegar na localidade e por ter ocorrido durante o dia”, comentou Lorenzetto.
CÃES – O tenente Taurino contou que a equipe trabalhava diariamente, das 6h às 18h, em Angico Branco e que estava alojada em Cocal, em torno de uma hora e meia do local do trabalho.
Segundo o major Samuel Prestes, comandante do Gost, o agrupamento do especial do Corpo de Bombeiros foi criado em 2006 para atuar em situações atípicas, em trabalhos que envolvem basicamente buscas terrestres e aquáticas, que realiza constantes treinamentos com a PM, Marinha e Aeronáutica. “Esta é uma tropa de pronta resposta que está permanentemente de plantão. O treinamento e conhecimento que nos permite dizer que temos a única tropa deste nível, de Corpo de Bombeiros, no Brasil”, afirmou.