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PMs do Paraná suspendem buscas de corpo em Cocal

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A equipe paranaense que participou das buscas por vítimas do rompimento da barragem de Algodões, no Piauí, retornou na noite de segunda-feira. Quatro cães e seis policiais militares da Companhia de Choque e mas três bombeiros do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), trabalharam por 26 dias em Angico Branco, a 45 quilômetros da barragem.

 

Segundo o tenente Willians Taurino Moreira, que comandou a operação por parte da PM, no local, foram registradas nove mortes e duas crianças desaparecidas. “Durante a operação conseguimos encontrar o corpo de uma criança, de aproximadamente 1 ano, 19 dias após o rompimento da barragem”, contou. A outra criança continua desaparecida.

De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros, Daniel Lorenzetto, apenas ao chegar na região eles puderam perceber o tamanho da área afetada. Segundo ele, um cenário de devastação os aguardava, com árvores arrancadas, entulhos e uma trilha de destruição. “Nossas maiores dificuldades foram o clima quente, a vegetação espinhosa e os ajuntamentos de escombros formados por galhos de árvores, cercas de arame farpado, areia e lodo”, contou.
 

A localização das vítimas foi dificultada pela extensão do desastre e pelo grande número de animais em decomposição. “Acredito que o número de óbitos só não foi maior devido à água ter demorado cerca de uma hora para chegar na localidade e por ter ocorrido durante o dia”, comentou Lorenzetto.

Angico Branco é uma localidade simples, com casas de taipa e onde a energia elétrica chegou há apenas quatro anos. O tenente explicou que a comunicação se dava por um único telefone público. Ainda de acordo com ele, para demonstrar a abrangência do estrago na região, em Buriti dos Lopes, aproximadamente 70 quilômetros da barragem, houve a destruição de uma ponte na rodovia.
 

CÃES – O tenente Taurino contou que a equipe trabalhava diariamente, das 6h às 18h, em Angico Branco e que estava alojada em Cocal, em torno de uma hora e meia do local do trabalho.

De acordo com o comandante da Companhia de Choque da Polícia Militar, major Chehade Elias Geha, o que faz a diferença neste tipo de atuação é o treinamento. “Temos homens preparados e cães com treinamento continuo, para atuar em todas a áreas”, explicou. “O Governo do Estado é bastante solidário e a partir do momento em que ocorrem grandes calamidades em Estados da Federação não hesita em mandar auxílio.”
 

Segundo o major Samuel Prestes, comandante do Gost, o agrupamento do especial do Corpo de Bombeiros foi criado em 2006 para atuar em situações atípicas, em trabalhos que envolvem basicamente buscas terrestres e aquáticas, que realiza constantes treinamentos com a PM, Marinha e Aeronáutica. “Esta é uma tropa de pronta resposta que está permanentemente de plantão. O treinamento e conhecimento que nos permite dizer que temos a única tropa deste nível, de Corpo de Bombeiros, no Brasil”, afirmou.

Da Redação (com informações do governo do Paraná)
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