José Cruz/Agência Senado
José Nery e Magno Malta: silêncio pode ser acusador
Com o pedido de liminar concedido pelo Superior Tribunal Federal - STF -, o prefeito Geraldo Mineiro (PT), de Sebastião Barros, sul do Piauí, reservou-se ao direito de permanecer calado durante o depoimento desta quarta-feira (5) na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia. A decisão revoltou os membros da CPI, que alertaram para o velho ditado "Quem cala, consente", e pediram uma acareação entre os envolvidos nos próximos 15 dias.
"Sou inocente e não tenho nada a declarar", disse Geraldo Mineiro, acompanhado do advogado Nazareno Thé. Ele já havia deixado de participar da audiência pública no município e Corrente, no último julho, por problemas de saúde.
Geraldo Mineiro disse poucas palavras na CPI da Pedofilia
"Acho ruim (comparecer com a liminar) porque quem cala, consente", disse o senador Magno Malta (PR/ES), que considerou a audiência "útil", mesmo sem respostas para os questionamentos. Ele lamentou que Geraldo Mineiro não tenha aproveitado a CPI para se defender das acusações, já que seu advogado alega que as acusações são um plano para que o prefeito perca o cargo e seu vice, tio de uma das supostas vítimas de pedofilia, assuma.
José Nery (PSOL/PA) lamentou o silêncio do prefeito, e considerou isso um "indício forte", que não esclarece e nem contribui para a defesa de Geraldo Mineiro. "O fato de ficar calado não pode ser uma forma de confissão dos crimes?", indagou o senador.
A CPI pediu uma acareação a ser realizada nos próximos 15 dias, entre o prefeito e sua esposa, e os dois casais de pais que acusam Geraldo Mineiro. Os pais são presidentes das câmaras de Corrente e Sebastião Barros. Só o prefeito será convocado. Os demais serão convidados.
José Nery, Nazareno Thé, Geraldo Mineiro, e Magno Malta
Da Redação (com informações da Agência Senado)
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