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Brasil derrota Japão e fatura seu 8º Grand Prix

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Em apenas um mês, dois octacampeonatos, provando a hegemonia do Brasil no vôlei mundial. Se no fim de julho a seleção masculina ficou com seu oitavo título da Liga Mundial, as garotas "responderam" à altura. Neste domingo, no último dia da fase final do Grand Prix, o time comandado por José Roberto Guimarães teve dificuldades, mas fez seu dever de casa. Precisando apenas vencer o Japão, equipe da casa, em Tóquio, as brasileiras cederam um set, mas faturaram o octacampeonato da competição por 3 sets a 1, justamente um ano após o ouro olímpico.

Foto: FIVB
Sheila e Fabiana bloqueiam a japonesa Saori Kimuar

Com parciais de 25-21, 25-27, 25-19 e 25-19, as brasileiras aumentaram ainda mais o seu domínio no feminino, levantando a taça pela segunda vez seguida - além deste ano, o Brasil venceu em 1994, 1996, 1998, de 2004 a 2006 e em 2008. Entre os homens, na Liga, Brasil e Itália têm oito títulos. No feminino, a seleção verde-amarela ampliou a vantagem para a Rússia, que venceu apenas três vezes o Grand Prix.

Mas a conquista veio sob bastante pressão, apesar da vantagem na tabela. O Brasil só perderia o título em caso de derrota por larga margem e com uma vitória da Rússia na partida anterior. As russas fizeram o seu papel, batendo a Holanda por 3 sets a 0. Ainda assim, apenas com um atropelo por parte das japonesas o título iria para as mãos das europeias, pela vantagem brasileira no ponto average, primeiro critério de desvantagem.

Apesar da dificuldade, tudo se encaminhou bem para o Brasil. A conquista veio exatamente um ano depois do título olímpico, em Pequim. Sem jogadoras como Paula Pequeno e a levantadora Fofão, a seleção coroou um ano de glória. Além do ouro, as brasileiras levantaram taças como a da Copa Pan-Americana, do Montreux Volley Masters e do torneio classificatório para o Mundial de 2010.

O jogo

O Japão, tentando a sua segunda vitória na fase final, usou a torcida e a velocidade para pressionar nos primeiros pontos, com bons saques. A princípio deu certo e as donas da casa abriram 8-5, deixando a responsabilidade na mão das então heptacampeãs após a primeira parada técnica. O Brasil seguiu sem conseguir ditar ritmo e o Japão abriu ainda mais.

Sem a recepção funcionar, Mari e Sheilla passaram a compensar no bloqueio, mas também não conseguiram tirar a distância de quatro pontos que as japonesas abriram à frente. Com Sassá em quadra, alteração que funcionou no dia anterior, contra a Holanda, a qualidade no saque brasileiro aumentou. Mari foi responsável pelo empate, em seu terceiro ponto de bloqueio, com 19-19.

Daí em diante, a superioridade brasileira voltou a aparecer. Mostrando mais garra, a defesa teve eficiência, assim como a recepção, e o Brasil pôde fechar com 25-21. O destaque foi a atuação de Mari, que chamou a responsabilidade para marcar a virada verde-amarela. Além disso, Sheilla fez seis pontos, sendo cinco no ataque.

A segunda parcial em Tóquio mais uma vez manteve o equilíbrio, com as japonesas superando as atuações das partidas anteriores, nas quais tinham perdido todos os quatro jogos. O time da casa saiu na frente e chegou a ter três pontos à frente no marcador. Após o primeiro tempo técnico, o Brasil conseguiu mostrar maior ofensividade para virar e abrir 10-8, contando também com os bloqueios de Fabiana.

O momento de facilidade durou pouco, porque as japonesas reagiram e viraram em 16-15, em mais um momento em que o Brasil perdeu a concentração. Após a bronca de Zé Roberto em pedido de tempo, a seleção empatou mais uma vez. Desta vez, a experiência brasileira não surtiu efeito. Zé Roberto tentou mexer no time, que fez 24-24, mas o Japão empatou a partida em 1 set a 1. Uma recepção muito ruim do time brasileiro definiu o placar.

O mesmo filme dos dois primeiros sets se repetiu no terceiro, com o Japão passando à frente e chegando ao primeiro tempo técnico na dianteira, com 8-5. Novamente, a virada veio no meio do set, com o Brasil passando à frente em 13-12, com o bloqueio funcionando. Bastou administrar a vantagem para, num saque para fora de Kano, a seleção passar mais uma vez à frente, em 2 a 1.

Para o quarto set, Mari foi para o banco de reservas e Zé Roberto iniciou com Natália em quadra. A troca deu certo e, pela primeira vez na partida, o Brasil começou um set com folga no placar, chegando a abrir 9-3. A partir daí, era questão de tempo para o octacampeonato e para a festa. A seleção se manteve à frente e fechou a vitória com Sassá.

A campanha

A seleção brasileira teve uma campanha perfeita no Grand Prix. Apesar de dificuldades em algumas das partidas, o time de José Roberto Guimarães encerrou sua participação de forma invicta, com cinco vitórias na fase final, além dos nove triunfos na fase de classificação.

No primeiro momento, o Brasil estreou em casa, jogando no Rio, e venceu Porto Rico, Alemanha e Estados Unidos sem ceder sets. Em seguida, em Macau, bateu Tailândia, Polônia e a China - esta por 3 a 2. A terceira semana da primeira fase viu o Brasil triunfar contra Japão (vitória também de 3 a 1), Alemanha e Coreia do Sul.

Nas finais, disputadas em Tóquio, capital japonesa, as brasileiras tiveram seu momento fundamental na estreia, ao vencer a Rússia por 3 a 2, salvando inclusive dois match-points. Depois, o caminho foi mais simples, com triunfos por 3 a 0 contra China e Alemanha. Apesar da partida irregular contra a Holanda, vencida por 3 a 1, o time chegou ao jogo contra o Japão precisando apenas vencer para conquistar o Grand Prix.

Além do feminino, o Brasil comemorou um título entre os homens nos últimos dias. Na noite de sexta-feira, a equipe comandada por Bernardinho virou partida contra a Argentina e levantou a taça do Sul-Americano.


Fonte: Uol
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