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Mulher ateia fogo no próprio corpo e vira caso de polícia no interior

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A morte da trabalhadora rural Verônica Barbosa Dantas, 38 anos, chocou a cidade de São João da Varjota (228 km de Teresina).

Mãe de três filhos, ela foi encontrada completamente carbonizada em um terreno próximo à casa onde morava com a família.
 
A Polícia investiga o caso e trabalha com hipóteses de acidente ou suicídio. O coordenador estadual de Direitos Humanos e Juventude, Alcir Marcus, classificou o caso como “estranho” e vai acompanhá-lo para certificar as causas da morte da mulher.

O corpo da vítima foi encontrado por duas crianças que passaram pelo local e avisaram populares que acionaram a polícia. “Na região foi feito um roçado onde será construído um prédio público e há muitos garranchos. Por volta das 15h, um senhor que passou com uma burra para deixar na roça disse que viu essa mulher juntando mato para tocar foto com fósforos na mão”, descreve o titular da delegacia do município, cabo Vicente Cruz.

Ele explica que ao retornar, o lavrador diz ter visto apenas o fogaréu e foi embora para casa. “Fizemos perícia no local, mas não tinha como levar o corpo para fazer a necropsia em Oeiras porque estava em um estado muito avançado (de carbonização)”, descreve.

A prefeitura da cidade providenciou um caixão e a vítima foi enterrada ainda no mesmo dia.

Versão

A polícia da cidade descartou a possibilidade de homicídio e trabalha com duas linhas de investigação. “Só pode ter sido suicídio ou um acidente”, afirma o delegado Vicente. Para ele, como o fato aconteceu próximo da casa da vítima e esta tinha um histórico de depressão e tentativas de suicídio, esta é a possibilidade mais forte.
 
“Se ela tivesse apenas caído no mato, ela não teria ficado naquela situação. Pelo estado, ela deve ter se molhado com gasolina. Se ela caiu nos garranchos por acidente, isso deve ter dificultado para ela escapar”, pondera Vicente Cruz que continua as investigações.
 
Razão

O coordenador de Direitos Humanos, Alcir Marcus, afirmou que irá acompanhar o caso, que considerou atípico. “Geralmente um suicida se joga, se atira, de algum lugar. Um caso como este é um fato raro e que acho estranho, por isso vamos acompanhar”, analisa, ressaltando que pedirá rigor técnico para saber reais motivos da morte.

Carlos Lustosa Filho
[email protected]

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