Urgência clínica de adulto, urgência obstétrica e traumas por acidentes de trânsito lideram as estatísticas mensais de ocorrências do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), oferecido pela Prefeitura de Teresina, por meio da Fundação Municipal de Saúde (FMS). Juntas, essas ocorrências representaram 60,05% dos atendimentos durante o mês de agosto.
“Os trotes colocados nas estatísticas são aqueles feitos por pessoas adultas que sabem o que estão fazendo, criam situações que nos obrigam a acionar as ambulâncias para urgências de casos inexistentes, prejudicando o atendimento de quem realmente precisa, e isso muitas vezes pode resultar em mortes ou sequelas que poderiam ter sido evitadas”, alerta a coordenadora.
A urgência clínica de adulto, por variadas causas, desde acidente cardiovascular, mal súbito, até desmaios, entre outros, ainda lidera o ranking das ocorrências registradas pelo serviço. Foram 1.189 atendimentos no mês de agosto. A urgência obstétrica ficou em segundo lugar, com 502 procedimentos, seguida de traumas por acidentes de trânsito, com 429 ocorrências em agosto. Urgências psiquiátricas, trauma por agressão física, quedas e clínica pediátrica também entram nas estatísticas do Samu.
Ao todo, no mês de agosto, foram gerados 6.679 atendimentos e completados 91,07% das ocorrências. “Muitas vezes o Samu também realiza atendimento social, ou seja, socorre pessoas que, por algum problema de locomoção ou de saúde, não podem se deslocar até a um hospital para a realização de algum procedimento, mesmo não sendo de urgência”, esclarece a coordenadora do serviço.
A Prefeitura mantém 12 ambulâncias do Samu de prontidão nas unidades de saúde do Parque Piauí, Oséas Sampaio – Matadouro (de suporte avançado, com UTI), Buenos Aires, Satélite, Monte Castelo, Promorar, Wall Ferraz (Dirceu Arcoverde), Central de Regulação (suporte avançado, com UTI), Hospital Mariano Castelo Branco, Pronto-Socorro Municipal do Dirceu Arcoverde, Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e Primavera.
“O Samu presta um serviço de grande relevância para a população de Teresina, principalmente a mais carente, embora as pessoas, muitas vezes, tentam acionar um atendimento que não é de urgência, gerando alguma insatisfação”, observa a coordenadora.
“Mas é verdade também que muita gente liga só para agradecer a prestação desse serviço; outras escrevem ou vão ao nosso local de trabalho felicitar pessoalmente a equipe pelo socorro prestado a determinado integrante da sua família, e isso é gratificante para um corpo de profissionais que realiza cerca de 50 mil atendimentos por ano”, ressalta Clara Leal.
