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Ator diz que não se sente curado das drogas

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Após dez meses afastado da TV por causa das drogas, Fábio Assunção falou pela primeira vez sobre o vício e disse que não se sente "curado". Em nenhum momento da entrevista, exibida na noite deste domingo no "Fantástico", o ator citou a palavra cocaína, que o levou a três internações em clínicas de reabilitação.

O ator Fábio Assunção, em entrevista
ao Fantástico
 
De bigode, por causa das gravações de "Dalva e Herivelto", microssérie sobre a vida de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins, Fábio Assunção disse a Patrícia Poeta que hoje se considera pronto para falar sobre o vício.

Em novembro do ano passado, o ator deixou a novela "Negócio da China" para se tratar em uma clinica nos Estados Unidos durante cinco meses.

Na entrevista, Fábio Assunção disse que foi nos últimos quatro anos que o vício começou a atrapalhar a sua vida. O ator conta que a primeira internação foi após o término da novela "Paraíso Tropical" (2007), em uma clínica no Arizona, nos Estados Unidos, para onde foi levado duas vezes. "O problema era respeitar meus compromissos e horários. Chegou uma hora que eu fiquei perdido. Eu não sabia mais se era terça, se era quinta, se era sábado. Eu tinha medo de marcar um jantar", disse.

O ator também falou que demorou para aceitar o vício e que tinha medo de ser julgado pelas pessoas e ser visto como uma referência negativa. "Eu acho que esses medos todos fazem com que só aumente o problema."

Indagado sobre o que o levou ao vício, Fábio Assunção disse que foi "brincar com uma coisa que não tinha dimensão". "Eu acho que a gente tem um lado às vezes que é autodestrutivo. Eu me coloquei em risco várias vezes. Risco de saúde, risco de vida, risco de ter problemas legais", disse o ator na entrevista gravada no sábado, em São Paulo.

O ator revelou também que alguns amigos se afastaram dele, mas disse que não guardava ressentimento. Agradeceu a namorada, Karina, e aos pais, que segundo ele se aproximaram mais.

Perguntado se estava curado, ele disse que não. "De jeito nenhum. E não quero me sentir [curado]. Porque eu acho que esse lado da doença eu não posso fingir que não existe. Esse diabinho, eu não posso achar que ele não existe. Eu tenho que ter o respeito por ele. Mas estou encantado de como a recuperação é uma coisa genial." .
 
 
 
Fonte: Folha Online
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