Atualizada às 11h25
A reitora da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Valéria Madeira registrou queixa contra o Sindicato dos professores da instituição. A iniciativa fez com que Daniel Solon, ex-presidente da entidade fosse prestar esclarecimentos no 2º Distrito Policial no bairro Primavera nesta quinta (24). Docentes afirmam que tudo não passa de intimidação e têm como provar denúncias.
As denúncias são de danos morais, injúria, calúnia e difamação realizadas pelos professores durante suas assembleias e registradas em um informativo. A gota d'água foram textos intitulados "Reitoria quer 'faturar' com as conquistas" que fala sobre a tramitação do plano de cargos e salários na Assembleia e "MP investiga fundação criada por reitora e empresários" veiculados na edição 3 do "ADCESP Informa" de Julho/Agosto.
Fotos: Carlos Lustosa Filho/CidadeVerde.com
A atual presidente do sindicato, Maria das Graças Silva Ciríaco, eleita nesta semana, diz que tudo não passa de uma tentativa da reitora de criminalizar o movimento e intimidar o sindicato.
O professor Francisco Barreto Centro de Ciências da Saúde retrucou contra o ato da reitora. "Quem não tem aptidão por democracia não deveria ter cargo publico. A professora Valéria deveria administrar um self-service. Pior do que ditadura é uma democracia capenga", bradou em frente à delegacia onde outros professores aguardam a saída de Solon que presta depoimento à delegada Andréia Magalhães.
Este é o segundo boletim contra servidores da Uespi. O primeiro foi contra Marcílio Costa, presidente do sindicato dos Servidores da universidade. “O movimento sindical na Uespi está forte e dois sindicatos marchando juntos, por isso a intimidação”, afirma Ciríaco.
Fora
Após prestar depoimento por cerca de 40 minutos, o ex-presidente do sindicato dos professores da Uespi, Daniel Solon, conversou com a imprensa. Ele afirma que a causa tem como provar todas as denúncias que delegada tem como provar o que colocou no jornal do sindicato.
Foto:Yala Sena/CidadeVerde.com
“Reitora quer intimidar o movimento. O jornal é um instrumento para apresentar críticas e não é para denegrir com questão pessoal, mas fazer criticas à gestão”, descreveu.
A delegada Andréia Magalhães diz que não viu crime de difamação, mas sim uma suposta calúnia que o acusado terá que provar à Justiça que não houve.
A Uespi divulgou nota sobre a situação:
Nota com Esclarecimentos Sobre a matéria “UESPI: Reitora registra B.O contra professores no 2º DP”, postada por esse meio de Comunicação, nesta quinta-feira(24), a Assessoria de Comunicação Social da Universidade Estadual do Piauí – ASCOM/UESPI vem de público prestar os seguintes esclarecimentos: A Associação dos Docentes do Centro de Ensino Superior – ADCESP noticiou, por meio de seu informativo, informações inverídicas, caluniosas atentando contra a honra da professora Valéria Madeira, reitora da Universidade Estadual do Piauí – UESPI. Informamos, ainda, que a professora Valéria Madeira é uma democrata, tanto é que sempre tem colocado para discussão da comunidade acadêmica as diversas questões que envolvem a Universidade. Porém, não se pode permitir que sejam espalhadas inverdades ou informações falsas sobre quem quer que seja. No informativo, veiculado pela ADCESP, existem acusações de que a reitora teria atrapalhado a tramitação interna do PCCS dos professores, a fim de prejudicá-los – isso nunca existiu – há também notícia de que a reitora teria criado uma fundação para se beneficiar politicamente e financeiramente – outra inverdade. Acrescentamos, também, que somos favoráveis às criticas, desde que fundamentadas e que venham para contribuir, tendo em vista que faz parte do processo democrático. Porém, são inaceitáveis aquelas que têm tão-somente o cunho leviano. A Constituição Federal em mais de um inciso do artigo 5º referindo-se às garantias e aos direitos fundamentais volta-se por via direta ou indireta, à honra humana. O Código Penal Brasileiro nos artigos 138 a 141 define os crimes contra a honra, ou seja, a calúnia, injúria e a difamação. Acreditamos que, por se tratar de um ano eleitoral interno, tem-se criado fatos dessa natureza. Rechaçamos veementemente qualquer tese de que haja uma tentativa de intimidação, tampouco de perseguição a quem que seja por parte da gestora da UESPI ou de algum membro de sua Administração Superior. Entendemos que, ao levantar tais teses, estão apenas tentando distorcer a veracidade dos fatos enumerados. |
Flash de Yala Sena (direto do 2ºDP)
Redação Carlos Lustosa Filho