Há dois anos sem vir ao Piauí, pois estava proibido de viajar de avião, o deputado federal, Alberto Tavares Silva (PMDB), 90 anos, morreu sem realizar seu mais recente sonho: Inaugurar em dezembro o prolongamento do Metrô de Teresina.
Fotos: Jane de Araújo/Agência Senado
Marcos Silva, filho do deputado federal, contou ao Cidadeverde.com como foram os últimos dias de Alberto Silva no hospital de Brasília. “Seu grande desejo era de voltar ao Piauí. Se a cabeça levasse o corpo, ele já estaria no Estado, mas o seu corpo não obedecia seu desejo”, lembrou Marcos Silva.
Ele conta que seu pai passou mal na última sexta-feira e foi lavado às pressas ao Hospital de Brasília. “Lá, o médico informou que ele estava com uma hérnia na garganta e estava impedindo a passagem de alimentos”, informou o filho.
Diante do diagnóstico, a família autorizou a realização de uma pequena cirurgia para facilitar na digestão dos alimentos. “Foi uma cirurgia simples que durou de 15 a 20 minutos e ele nem chegou a ir para a UTI”, disse.
No hospital, Marcos Silva disse que Alberto Silva pegou uma infecção urinária e no pulmão e isso complicou o seu quadro médico. O deputado lutava contra o câncer de próstata e com as infecções pegou uma pneumonia e veio a falecer às 2 horas da madrugada.
“Em momento algum ele sentiu dor. Sempre estamos ao seu lado e tentando reanimá-lo. Ele foi em paz”, disse Marcos Silva.
Sem falar
Com o corpo debilitado e com problemas de respiração, Alberto Silva passou os últimos dois dias com dificuldade de falar. “Ele tentou falar por telefone com Thomaz Teixeira e o Jeferson (assessor do PMDB)”.
Uma das cobranças do pai, segundo Marcos Silva, era marcar o dia da inauguração do Metrô. “Ele dizia: rapaz fala com o governador (Wellington Dias) e com o Antônio Neto (Secretário de Fazenda) para a entregar o Metrô. E eu vou para a festa de inauguração”, dizia Alberto Silva.
Segundo Marcos, a tristeza do pai era de ficar longe do Piauí. Segundo o filho, Alberto Silva desejava antes de morrer vê duas obras. Uma a do Metrô e outra era a ferrovia de Teresina a Luis Correia.
Velório
O corpo do deputado está previsto para chegar em Teresina por volta das 17 horas em avião da Fab. Hoje pela manhã, o Senado Federal homenageou o político piauiense que morreu hoje aos 90 anos vítima de câncer de próstata. O corpo será velado na Assembléia Legislativa. O sepultamento será no cemitério da Igualdade em Parnaíba, sua terra natal.
