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Oposição diz que reitora só atende 3 deputados

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Fábio Lima/Cidadeverde.com
Carlos Alberto Pereira e Nouga Cardoso no Cidadeverde.com
 
Candidatos da chapa "Unidos para Mudar", que disputa a eleição para reitoria da Universidade Estadual do Piauí - Uespi -, visitaram a redação do Cidadeverde.com nesta segunda-feira (12). Atual vice-reitor e candidato à reitor, Carlos Alberto Pereira, professor de Física, e Nouga Cardoso, do curso de Química e candidato a vice, se lançam como principal chapa de oposição à da reitora Valéria Madeira, por serem servidores de dedicação exclusiva da instituição.
 
"Nós estamos na sala de aula vendo as dificuldades que a universidade tem no dia-a-dia. É uma universidade que precisa ser socorrida. Nos sete anos de Valéria Madeira, não houve nada que se fizesse de diferente. Houve uma centralização exacerbada, onde a comunidade não participou das discussões", disse Pereira, expondo um dos motivos para o rompimento com a reitora. Segundo ele, a cisão já surgiu nos primeiros dias de mandato, quando os mesmos diretores da gestão anterior foram mantidos nos cargos - ele defendia o debate para a indicação dos nomes.
 
 
Carlos Alberto Pereira criticou Valéria Madeira por reduzir os canais de contatos políticos da Uespi a três deputados estaduais, e  fechar, segundo ele, as portas da instituição para outros parlamentares, outro ponto que constataria a centralização da  reitoria. "Se não aconteceu até agora (esse diálogo), não houve vontade", acrescentou o vice-reitor, que defende a autonomia aos diretores de cada campus.
 
O fato de serem servidores de dedicação exclusiva é exposto como o diferencial ante as outras duas chapas de oposição. "As outras duas chapas sequer conhecem a Uespi na sua integridade, não visitaram o interior para saber as suas dificuldades", afirmou Nouga, que foi presidente do Sindicato dos Docentes da Uespi, cargo que também foi ocupado por Daniel Solon, hoje candidato a vice em outra chapa de oposição encabeçada por Elói Ferreira.
 
 
Os professores defendem que a Uespi mantenha os cursos já existentes e dê condições de funcionamento aos mesmos. "Não podemos fazer campanha para que a Uespi seja diminuída. Precisamos sensibilizar o Governo e professores, para que apresentem mais projetos para fundações. Devemos manter a oferta. A sociedade tem buscado esses cursos e existe demanda", destacou Nouga Cardoso.
 
A chapa pretende, se eleita, fazer um levantamento dos problemas da Uespi para revolver questões específicas de cada curso. Além disso, o Plano de Cargos e Salários dos servidores deverá ser colocado em pauta, assim como o credenciamento da Uespi no Conselho Estadual de Educação, com prazo para agosto de 2010. "A Uespi precisa ser resgatada, para que o aluno se sinta orgulhoso de estudar nela", declarou Nouga Cardoso.
 
Até dia 12, o doutorando em Física e o doutor em Química irão participar de seis debates e pretendem visitar todo o interior. Amarante, Altos, Campo Maior e Floriano já receberam a chapa, que afirma ter o apoio de vários nomes do quadro mais antigo da instituição, como Edvaldo Miranda, Acélio Vieira, e Isânio Mesquita.
 
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