Para o delegado Bonfim Filho, presidente da Comissão Investigadora do Crime Organizado (CICO), o trabalho da Comissão tem se concentrado em, além de elucidar os crimes mais difíceis, prender mais de uma vez criminosos reincidentes, alguns já foram presos pela CICO mais de uma vez.

 

Um exemplo disso, na última segunda-feira, dia 26, oito pessoas acusadas de integrar uma quadrilha especializada em assalto a bancos foram presas. Para o Bonfim, alguns deles não deveriam mais estar nas ruas.

 

Bonfim Filho assegurou que os acusados presos no início da semana, como Gildo Inácio da Silva, o Bicudo, que já foi preso várias vezes por assaltos no Piauí, pode passar pouco tempo na prisão, uma vez que muitos são soltos por falta de julgamento.

 

  

"São quase todos soltos por excesso de prazo, passam muito tempo para serem julgados e são postos em liberdade. Voltam a delinquir e prejudicar a sociedade. Alguns já foram presos pelos mesmos crimes mais de dez vezes", afirma o delegado.

 

"Os representantes dos tribunais superiores já afirmaram que justiça lenta não é justiça. Não podemos culpar os promotores, os juízes por isso. As ferramentas é que são obsoletas. Nossos legisladores precisam entender que a legislação não funciona. São os deputados federais e os senadores que podem mudar essa realidade. O magistrado não pode mudar a lei, o promotor também não. O resultado, enfim, é que o trabalho que a polícia faz não surte o efeito desejado. Quase todos os acusados são soltos por excesso de prazo", critica Bonfim.