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Família denuncia sumiço de preso em Batalha

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A família de João Rafael Mendes Ferreira, preso acusado de ter cometido homicídio na cidade de Batalha, denuncia seu desaparecimento. Rafael teria se envolvido em uma confusão durante uma festa no povoado Baixa Fria e acabou matando um outro rapaz com uma facada, segundo a polícia local.

De acordo com o policial Francisco Reginaldo Ferreira de Almeida, da Delegacia de Batalha, parentes da vítima teriam revidado a morte do rapaz com facadas em João Rafael. Ferido gravemente, ele foi trazido para Teresina há 11 dias, tendo passado 5 dias internado no Hospital de Urgência de Teresina.

Ele passou por cirurgia e estava usando um dreno para a retirada de sangue do pulmão. Porém, segundo a prima do acusado, Glória Maria Mendes Ferreira, foi levado no dia seguinte para Batalha novamente, sem condições de viajar.

"Ele estava muito mal. Minha avó dormiu nesse dia com ele no hospital e disse que a enfermeira passou a noite drenando o sangue do pulmão. Ele estava respirando com ajuda de aparelhos. Ele jamais teria condições de viajar. Os policiais chegaram lá e praticamente obrigaram o médico a dar alta e levaram ele.", contou.

O policial Reginaldo Ferreira confirma que ele passou cerca de cinco dias internado e ele mesmo teria vindo deixá-lo no HUT. E garante ainda que ele foi levado para a Penitenciária de Esperantina após ter alta.

Porém, uma tia de João Rafael foi ontem à Esperantina e constatou que não havia nenhum preso registrado na penitenciária com o nome do acusado. Foi aí que começou a procura.

Tia e prima foram hoje até o HUT, onde confirmaram a data da internação e um retorno na última quinta-feira, em que foi atendido pelo diretor do hospital, o médico Gilberto Albuquerque. A assistente social do hospital forneceu as informações à família e entrou em contato com a Penitenciária de Esperantina, confirmando que ele não estaria lá.

Elas foram ainda na Casa de Custódia, em Teresina, e constataram que lá ele não deu entrada. "Eu só quero é saber onde ele está. Que ele tenha cometido o crime e pague. Mas o que não pode é a família ficar sem saber onde ele está. A mãe dele está sob efeito de remédios. Como eu vou chegar em casa e dizer que não achamos ele?", argumenta Glória.

A família irá registrar queixa do desaparecimento na Central de Flagrantes.

O coordenador de Presídios da Secretaria de Justiça, Mag Sei Sei, não foi encontrado pela reportagem para comentar o caso.

Leilane Nunes
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