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Prostituta é espacada e acusa Policiais Militares de discriminação

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A prostituta Eleonora Moura dos Santos, de 24 anos, espancada por volta das 4h da madrugada por um mototaxista acusa policiais militares de  duas guarnições de omissão e discriminação.


Eleonora, que trabalha em uma casa de prostituição no Lourival Parente, contou ao Cidadeverde.com que estava no Clube do Flamengo quando um rapaz contratou seu programa por R$ 50. Ele pediu, então, que um amigo seu, que é mototaxista, identificado como Francivaldo Reis da Silva, levasse Eleonora para comprar droga para ele.
 

Ela aceitou e eles foram para o bairro Redenção. Não encontrando, seguiram para o bairro Monte Castelo. Como também não encontraram lá, ele seguiu para um local esmo, sem iluminação. Ela pediu que ele parasse porque não queria ir.


Segundo a vítima, quando ele parou a moto, ela tirou o capacete e entregou para ele. Foi com o capacete que ele a teria espancado. "Ele bateu com o capacete na minha testa e quebrou meu braço", contou.

O espancamento ocorreu próximo a um ponto onde ficam caminhoneiros e outros mototaxistas. Eles pediam para Francivaldo não fazer aquilo, mas nada adiantou. Foi então que uma viatura da PM parou e ela explicou aos policiais o que havia ocorrido.

Eleonora indignou-se com o descaso dos policiais. "Eles não fizeram nada. Meu braço estava quebrado. Eu pedi que eles me socorressem, me levassem para o HUT. Se eu tivesse dito que sou mulher de família eles teriam feito alguma coisa. Mas eu não ia mentir o que eu sou", falou indignada.


A delegada Wilma Alves, da Delegacia da Mulher, também indignada afirmou que o Comando da PM foi comunicado. "Ela tem a liberdade dela. Eu até reclamei com ela porque mulher não é para andar vendendo o corpo. Mas ela tem o direito dela. O que não podemos admitir é que uma mulher seja discriminada por uma instituição do Estado", finalizou.


Leilane Nunes
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