O real se converteu na moeda mais sobrevalorizada do mundo devido a uma crescente "muralha de dinheiro" que tem compensando os esforços do governo para conter a valorização, afirmou na quarta-feira o banco Goldman Sachs.
Os investimentos líquidos de portfólio mensais atingiram a assombrosa cifra de US$ 17,6 bilhões em outubro, saltando do intervalo de entre US$ 6 bilhões e US$ 8 bilhões registrado desde março, quando os mercados financeiros começaram a se recuperar, afirmou a instituição.
Em 2007 e 2008, antes da crise do Lehman Brothers, o País atraía cerca de US$ 3,3 bilhões em investimentos mensais. O Brasil estabeleceu um imposto financeiro de 2% sobre os investimentos estrangeiros em ações e renda fixa e um imposto de 1,5% sobre as operações realizadas com ADR de empresas brasileiras.
Embora os impostos inicialmente ajudaram a estabilizar os investimentos, "há indicações de que as pressões de valorização estão em alta de novo", disse o economista da Goldman Sachs Thomas Stolper em um relatório.