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Dólar cai a 0,4% frente ao real nesta sexta e fecha cotado a R$ 1,74

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O dólar fechou em queda frente ao real nesta sexta-feira, aproveitando a melhora do mercado internacional durante a tarde, uma entrada de capitais no País e a intensificação da rolagem de contratos futuros perto do encerramento do mês. A moeda americana caiu 0,4%, para R$ 1,743.

Na quinta-feira, o dólar havia subido 1,4%, mas no mês a queda acumulada ainda é de 0,74%. Ao longo do dia, quatro profissionais de mercado relataram que, com o dólar no maior nível desde o início do mês - R$ 1,76 no começo do dia -, a oferta de moeda estrangeira havia aumentado em relação às últimas sessões, com uma presença mais destacada de exportadores e grandes empresas nacionais.

Os exportadores já vinham contribuindo para a entrada de recursos no País. Em novembro, até o dia 20, 88,4% do superávit cambial de US$ 1,48 bilhão ingressou via segmento comercial, segundo dados do Banco Central.

Outro fator que ajudou na queda do dólar foi a relativa melhora dos mercados internacionais no período da tarde, apesar das preocupações com a dívida de Dubai.

Embora as bolsas americanas tenham caído mais de 1% e o dólar ainda subisse levemente em relação às principais moedas no fim da tarde, essas variações eram muito mais brandas que as verificadas durante a manhã.

Segundo operadores estrangeiros, a melhora ocorreu, em parte, porque o volume de negócios no mercado internacional era menor durante a "Black Friday" - dia que sucede o feriado de Ação de Graças e marca o início da temporada de compras de Natal nos Estados Unidos.

Dados da BM&FBovespa, no entanto, mostram que os estrangeiros reagiram imediatamente à possível moratória de duas empresas de Dubai. Em meio ao aumento de aversão ao risco na quinta-feira, esses investidores aumentaram as posições compradas em US$ 1,6 bilhão nos mercados futuro e de cupom cambial, para US$ 4,45 bilhões.

A posição comprada indica uma aposta a favor da alta do dólar ou uma proteção contra a valorização da moeda americana.

O mercado futuro também chamou atenção nesta sexta-feira com a intensificação da rolagem de contratos futuros, que sempre acontece a cada final de mês. "A liquidez aumentou bastante", disse Rodrigo Trotta, superintendente da tesouraria do banco Banif do Brasil.

Em parte do dia, esse movimento favoreceu a queda do dólar, segundo o operador de uma corretora ligada a um dos principais bancos nacionais, que preferiu não se identificar.

"Quem estava comprado já estava procurando fazer a rolagem, e quem estava vendido estava esperando um momento melhor", disse, apontando a alta da véspera como uma oportunidade para os vendidos na moeda americana.
 
Fonte: terra
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