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Remédios válidos até 2013 são enterrados em Alto Longá; Veja

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Reprodução Cidadeverde.com
Medicamento com validade para 2011 também foi achado enterrado
 
Mais de dois mil medicamentos foram localizados queimados e enterrados na localidade Morro da Cabra, dois quilômetros da zona urbana de Alto Longá, município da região de Campo Maior. Entre remédios e vacinas, haviam unidades com prazo de validade vencido, e outros que poderiam ser usados até 2013, muitos com rótulos do Ministério da Saúde. O caso foi parar na Polícia Federal na tarde desta sexta-feira (27).
 
Moradores teriam estranhado um forte odor na região e chegaram a pensar se tratar de um cadáver. No entanto, após acionar a polícia para escavar o local, a população encontrou remédios queimados e enterrados. Pela denúncia, foram achados 286 fracos, 27 ampolas,  273 caixas, e 1.725 cartelas de 25 medicamentos diferentes, além de sete seringas descartáveis e solventes para injeções. Afora o que foi destruído pelo fogo e não se pode contabilizar.
 
Yala Sena/Cidadeverde.com
Eduardo Sindô levou o caso para a Polícia Federal
 
A representação foi feita na Polícia Federal na tarde desta sexta-feira pelo advogado Eduardo Marques Fonseca Sindô, por crime ambiental (lei 9.605/98) e improbidade administrativa. Ele apresentou fotos e um relatório com os medicamentos encontrados, e pediu investigações sobre o caso, promete acionar o Ministério Público Federal e a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB - na segunda-feira.
 
Vários lotes incluem vacinas contra rubéola, sarampo e caxumba com data de validade de junho de 2010, de febre amarela com vencimento em 2012, e outros até com prazo de uso até 2013. Ainda foram achados desde creme vaginal até insulina e medicamentos injetáveis. Os produtos em maior quantidade eram comprimidos de sulfato ferroso (726 cartelas) e glibenclamida de 5 miligramas (846 cartelas), indicado para o tratamento de diabetes.
 
 
No processo existe o depoimento de Nilton Marques da Silva, pessoa que teria encontrado os medicamentos. O homem suspeitou que os mesmos fossem do hospital da cidade e declarou desconhecer o responsável pelo fato. O hospital seria dotado de incinerador, o que causa estranheza sobre a procedência dos remédios.
 
O advogado, que é filho do ex-prefeito de Alto Longá, César Sindô, também apresentou suspeitas sobre o possível autor da destruição dos medicamentos. "Os populares informaram que quem enterrou seria o chefe da vigilância sanitária, de apelido Natan", declarou Eduardo Sindô.
 
 
Lista de medicamentos e material hospitalar
102 caixas de sulfato ferroso (suspensão)
42 caixas de hidróxido de alumínio
87 caixas de erotromicina (suspensão)
37 caixas de Neo Mistantin (creme vaginal)
726 cartelas de sulfato ferroso (comprimido)
846 cartelas de glibenclamida 5mg
55 cartelas Prednisona 20mg
6 cartelas de Ampicilina 200mg
26 cartelas de Mebendazol 100mg (comprimido)
52 cartelas de Haloperidol 5mg (comprimido)
12 cartelas de Dipirona (comprimido)
13 frascos de Benzilpenicilina + Benzatina 1.200.000 un.
17 ampolas de Sterilewate (injetável)
10 ampolas de solvente para injeção
1 cartela de Sublima - Gestodeno 60mg Etinilestradiol 15mg
1 cartela de Furosemida 40mg
9 frascos de vacina de Rotavirus
60 frascos de vacina combinada DTP IHB
39 frascos de vacina combinada DTP
1 frasco de Humulim 100 um Insulina Humana
19 frascos de vacina contra poliomielite
22 frascos de vacina contra rubéola, sarampo e caxumba
Vacina contra Febre Amarela
3 frascos de vacina Tavirus Humano Vivo Atenuado
55 frascos de vacina vírus vivo de Sarampo e Rubéola
47 frascos de vacina dupla diftérico tetânico
7 seringas descartáveis 3ml
 
Yala Sena (flash)
Fábio Lima (da Redação)
[email protected]
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