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Aposentado denuncia: "meu filho não passa de hoje"; HUT nega

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O aposentado Manoel Alves dos Santos, 63 anos, não sabe mais a quem recorrer para que a situação de seu filho, Antônio Alves dos Santos, seja resolvida. O funcionário público de 43 anos está nos corredores do HUT (Hospital de Urgência de Teresina) desde a última quinta-feira aguardando atendimento médico.

De acordo com Manoel, o filho foi atendido pelo médico Nilo Luiz de Macedo Filho na clínica DMI e diagnosticado com um problema grave de circulação em uma das pernas. Antônio foi medicado e encaminhado para o HUT, com a promessa que o médico lhe atenderia assim que chegasse, o que não aconteceu, segundo o pai.  "Eu paguei uma consulta particular, de R$ 170, e ele disse que o restante do atendimento deveria ser feito por aqui. Já liguei várias vezes para que ele venha atender o meu filho e ele sempre remarca, mas não aparece", diz o aposentado.

Manoel voltou até a DMI cobrando o atendimento que o dr. Nilo tinha prometido. O médico apenas disse que seria necessário uma intervenção cirúrgica para amputar a perna de Antônio. "Fazendo pelo SUS, ele disse que poderia demorar. Então perguntei quanto seria se fosse particular. O total daria R$ 2.500. Será que ele pensa que eu tenho condições de pagar isso?", questiona, desolado.


Manoel mostra o orçamento feito pelo médico


A família veio de Matões (MA) para buscar atendimento no Piauí. Manoel, que está acompanhado também da esposa, denuncia o descaso no HUT. "Isso aqui é um fogo cruzado. Toda hora morre um que não atendido. Meu filho só piora naquele corredor desde quinta e ninguém sequer olha pra ele. As enfermeiras dão injeção só de piedade, mas não tem jeito, acho que ele não passa de hoje", desabafa.

HUT nega descaso e esclarece situação - ampliada às 20h50min
Em contato com o Cidadeverde.com, o HUT contestou o caso, e disse que o paciente está sendo atendido no setor de emergência masculina, que funciona como uma espécie de semi UTI. Segundo a assessoria do hospital, ele sofre de embolia e trombose das artérias dos membros inferiores, e o estado de saúde é gravíssimo.

Ainda segundo o hospital, o paciente não tem condições de ser operado no momento, pois a cirurgia poderia ser fatal. No setor, devido o estado delicado, ele também não pode ter acompanhantes.

Naruna Brito
Especial para o Cidadeverde.com
[email protected]

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