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"Todos sabemos que haverá 2º turno" para presidente, diz Bachelet

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A presidente do Chile, Michelle Bachelet, disse neste domingo que a eleição que determinará quem a substituirá no cargo será decidida apenas no segundo turno.

"Todos sabemos que haverá segundo turno e que vai funcionar como sempre e de forma adequada", disse a presidente, após votar no Colégio Verbo Divino, por volta das 10h50 (em Brasília). No mesmo local votou a mãe de Bachelet, Angela Jeria, segundo o site do diário chileno "La Tercera".

Bachelet saiu de casa para votar cerca de dez minutos antes --o colégio em que vota fica a três quarteirões de sua casa, diz o jornal. Ela foi ao local acompanhada do candidato a deputado por Las Condes, Alberto Cienfuegos, e pediu aos chilenos que votem cedo.

A votação transcorre sem incidentes graves no país até o momento, segundo o jornal; a primeira detenção ocorreu no Estádio Regional de Concepción por volta das 8h30 (9h30, em Brasília), quando um cidadão convocado para trabalhar na votação se negou a comparecer, alegando dores nas costas.

Em um outro incidente, o trânsito em uma via secundária na cidade de Ercilla, na Província de Malleco (centro do país), foi interrompido devido à presença de barricadas. O bloqueio foi feito por volta das 7h (8h em Brasília), por um grupo que fechou a via com troncos de árvores. A Província fica em uma região de conflitos indígenas.

Por volta das 9h30 (10h30 em Brasília) o candidato da oposição, o empresário Sebastian Piñera, 60, apontado como favorito no pleito, chegou ao Liceu Miguel Cervantes para votar acompanhado de sua mulher, Cecilia Morel, e de seu filho Cristóbal.

As eleições que acontecem no Chile hoje são as mais disputadas de sua história recente: trata-se da primeira vez em que a esquerda, que venceu todas as disputas desde 1990, chega dividida entre dois candidatos. É também a primeira vez, desde o fim da ditadura do general Augusto Pinochet (1973-1990), em que a direita tem chances de vencer.

Piñera, 60, é o nome da Coalizão pela Mudança, que representa a direita. Com uma fortuna avaliada em US$ 1 bilhão [cerca de R$ 1,7 bilhão], o empresário tem vantagem, porém não o suficiente para evitar um segundo turno contra o ex-presidente Eduardo Frei (1994-2000), 67, da coalizão centro-esquerda Concertação.

Como obstáculos, Frei enfrenta o desgaste da coalizão, após 20 anos no poder; a sua própria falta de carisma (ele se diz mal-humorado); e o legado da presidente Michelle Bachelet, eleita pelo mesmo grupo, que deixa o cargo com uma popularidade altíssima, variando entre 75% e 80% --por lei, ela não pode concorrer à reeleição.

Fonte: Folha

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