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Entregue ao pai, Sean já está no aeroporto para seguir para EUA

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O menino Sean, 9, que vive no Brasil desde 2004 com a família brasileira, é entregue na manhã desta quinta-feira ao pai, o americano David Goldman. Acompanhado da avó materna, Silvana Bianchi, do padrasto, João Paulo Lins e Silva, e de outros familiares, o garoto chegou ao Consulado dos Estados Unidos no Rio por volta das 8h30, onde se reencontra com o pai, que chegou ao local por volta das 7h30.

Sob escolta policial, usando uma camisa do Brasil, Sean e a família entraram no prédio do consulado, onde ocorre o reencontro. Ele e o pai devem deixar o país ainda nesta quinta com destino aos Estados Unidos em um voo que sairá do aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão). Até as 8h30, eles continuavam reunidos --tanto Goldman quanto a família da mãe do menino Bruna Bianchi (morta em 2008)-- na sede do órgão.



















Pouco antes da chegada da família, a porta-voz da Embaixada americana, Orna Blum, afirmou que o órgão iria permitir a entrada dos brasileiros no consulado, para evitar uma despedida brusca entre a criança e os familiares. "Vamos facilitar ao máximo possível para que a transição seja menos traumática para o menino", disse.

Para evitar tumultos, o consulado isolou a área pela manhã e preparou um esquema de segurança especial.

Ontem, a avó materna disse que estava disposta a ir com o neto para os Estados Unidos no mesmo voo. Segundo ela, Sean está abalado, não quer viajar, e que recebe cuidados médicos. Entretanto, segundo a defesa da família, o governo americano vetou que a vó acompanhe o menino.

A entrega ocorre após decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, que decidiu cassar a liminar que permitia a permanência da criança no Brasil.

O advogado Sergio Tostes, que representa a família brasileira, afirmou que não recorreria da decisão, mas que tentaria um acordo para uma transição "menos traumática" para o menino.

Nascido nos EUA, Sean veio ao Brasil em 2004 com a mãe, Bruna Bianchi. Desde então David Goldman tenta levar o filho de volta com base na Convenção de Haia sobre sequestro internacional de crianças. Com a morte de Bruna, em 2008, a batalha judicial passou a ser travada entre o americano e o segundo marido da mãe, o advogado João Paulo Lins e Silva.



Fonte: Folha

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