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Após mortes, dois diplomatas brasileiros partem para o Suriname

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Dois diplomatas partiram, às 7h deste domingo, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), para o Suriname, onde um ataque a brasileiros deixou 14 feridos na última quinta-feira. Segundo o Itamaraty, um representa a Divisão de Comunidades Brasileiras no Exterior e o outro, a área de Ajuda Humanitária.

O Ministério das Relações Exteriores havia confirmado ontem, por meio de sua assessoria, o envio de suprimentos para os brasileiros, mas nenhum material foi levado hoje porque será preciso primeiro analisar a situação no país. A chegada dos representantes do Itamaraty está prevista para as 14h (horário de Brasília).

Ataques

Os ataques a brasileiros na cidade de Albina deixaram 14 feridos, segundo as autoridades. As vítimas dos ataques ocorridos contra a comunidade brasileira afirmam que pelo menos quatro brasileiros estão mortos e muitos outros continuam desaparecidos. O embaixador brasileiro no país, José Luiz Machado e Costa, informou que o ataque seria uma reação ao assassinato de um surinamês por um brasileiro durante uma briga motivada por uma dívida.

Um grupo de 81 brasileiros que se refugiou inicialmente em um quartel foi transferido pelo governo local para a capital, Paramaribo. A cidade de Albina, a 130 km da capital, é o principal ponto de fronteira com a Guiana Francesa e atrai grande quantidade de garimpeiros brasileiros.

Existem tensões em Albina entre exploradores de ouro brasileiros e surinameses, incluindo ameríndios, que enfrentam uma alta taxa de desemprego. Albina, uma cidade com cerca de 5 mil moradores, é o principal ponto de cruzamento para a Guiana Francesa.

Segundo a embaixada brasileira, vivem atualmente no Suriname entre 15 mil e 18 mil brasileiros, a maioria dedicada ao garimpo. Segundo Machado e Costa, esta é a primeira vez na história que ocorre um incidente desse tipo, já que a convivência entre os brasileiros e a população local costuma ser pacífica.

Fonte: Terra

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