Enquanto centenas de pessoas ainda lotam as rodoviárias para passar a virada de ano com os familiares e outras finalizam os preparativos para festas particulares, cerca de 30 famílias vão passar o reveillón no abrigo localizado no ginásio Edmilson Jorge, bairro Dirceu, zona Sudeste de Teresina.
Fotos: Naruna Brito/Cidadeverde.com
Depois das chuvas da última quarta-feira (30), dezenas tiveram as casas alagadas ou foram retirados de zonas de risco por prevenção. Para Gislene da Silva, 28 anos, a virada no abrigo não é novidade. Enfrentando a quarta enchente consecutiva, a dona de casa ainda organiza no pequeno espaço o que conseguiu retirar a tempo. "Tudo o que eu tenho aqui, que você está vendo, já é comprado depois da enchente de maio. Da outra vez, perdi tudo", conta. Sem muita perspectiva sobre o que comemorar no ano novo, Gislene apenas sonha que em 2010 esteja em casa com a família. "Aqui não é lugar para gente".
Esmeralda Gomes da Silva, 47 anos, não teve a mesma sorte de Gislene. A água entrou antes que pudesse salvar grande parte dos móveis. "Perdi até meu colchão", relata. No abrigo com os três filhos e o marido (com idades de 10, 11 e 15 anos), ela afirma que não tem muito o que fazer, apenas esperar. "Disseram que a gente vai ficar aqui até maio, uns seis meses, por aí. Enquanto isso, o que se pode fazer? Nada. Sou daqui de Teresina, mas não tenho parentes com quem possa contar". Quanto ao próximo ano, Esmeralda se limita a dizer que vai ser "do jeito que Deus quiser".
As famílias, grande maioria vinda da Vila Kalfix, começaram a ser removidas para o ginásio ainda na tarde de ontem e continuam a chegar. A todo o momento caminhões descarregam o que sobrou. A SDU Sudeste já entregou cestas básicas e materiais de limpeza aos desabrigados e agentes de saúde da FMS (Fundação Municipal de Saúde) visitaram o local alertando para doenças e distribuindo remédios.
Naruna Brito
Especial para o Cidadeverde.com
[email protected]
Fotos: Naruna Brito/Cidadeverde.com
Depois das chuvas da última quarta-feira (30), dezenas tiveram as casas alagadas ou foram retirados de zonas de risco por prevenção. Para Gislene da Silva, 28 anos, a virada no abrigo não é novidade. Enfrentando a quarta enchente consecutiva, a dona de casa ainda organiza no pequeno espaço o que conseguiu retirar a tempo. "Tudo o que eu tenho aqui, que você está vendo, já é comprado depois da enchente de maio. Da outra vez, perdi tudo", conta. Sem muita perspectiva sobre o que comemorar no ano novo, Gislene apenas sonha que em 2010 esteja em casa com a família. "Aqui não é lugar para gente".
Esmeralda Gomes da Silva, 47 anos, não teve a mesma sorte de Gislene. A água entrou antes que pudesse salvar grande parte dos móveis. "Perdi até meu colchão", relata. No abrigo com os três filhos e o marido (com idades de 10, 11 e 15 anos), ela afirma que não tem muito o que fazer, apenas esperar. "Disseram que a gente vai ficar aqui até maio, uns seis meses, por aí. Enquanto isso, o que se pode fazer? Nada. Sou daqui de Teresina, mas não tenho parentes com quem possa contar". Quanto ao próximo ano, Esmeralda se limita a dizer que vai ser "do jeito que Deus quiser".
As famílias, grande maioria vinda da Vila Kalfix, começaram a ser removidas para o ginásio ainda na tarde de ontem e continuam a chegar. A todo o momento caminhões descarregam o que sobrou. A SDU Sudeste já entregou cestas básicas e materiais de limpeza aos desabrigados e agentes de saúde da FMS (Fundação Municipal de Saúde) visitaram o local alertando para doenças e distribuindo remédios.
Naruna Brito
Especial para o Cidadeverde.com
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