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Piauiense carbonizada em São Paulo pediu ajuda da mãe antes de morrer

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A piauiense Cláudia da Silva Borges, 38 anos, que morreu carbonizada debaixo de um viaduto em Santo André (SP), pediu socorro à família antes de morrer. A irmã Betânia Silva Borges, 44 anos, revelou por telefone ao Cidadeverde.com que antes dela desaparecer na última sexta-feira Cláudia fez um apelo desesperado a mãe.



“Telma (nome que chamava a mãe) me ajude que vou morrer”. A mãe, segundo Betânia, ficou sem saber o motivo do recado da filha. “No domingo passado, ela disse que não iria mais dar trabalho para a família”.

Betânia foi à irmã escolhida para reconhecer o corpo de Cláudia no IML. “Foi o dia mais triste da minha vida. A reconheci pela mão. Ela tinha feito a unha na sexta-feira e vi a cor do esmalte e nos pés, as duas regiões que não estavam carbonizados”. A polícia trabalha com hipótese de homicídio ou acidente.

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Usuária de drogas

Cláudia foi encontrada com o corpo queimado em local conhecido como “boca de fumo” no viaduto em Santo André. A família confirmou que ela era usuária de drogas.

Segundo o irmão Antônio Filho, Cláudia morava com ele, a mãe e outra irmã, além de seus quatro filhos (de nove meses, 4, 7 e 15 anos), na Vila Príncipe de Galles, próximo ao viaduto que ela foi encontrada morta.

Ele disse que Cláudia era balconista de uma padaria no Centro de Santo André e há algum tempo estaria se envolvendo com drogas. A informação também foi confirmada pelo pai, que disse não saber muito da filha, mas “tudo indicava que ela estava com esses desesperos”.

Seu Antônio Borges, 70 anos, é aposentado e disse que há muito tempo não tinha noticias dos sete filhos e da ex-esposa que foram embora para São Paulo há 20 anos. “Minha outra filha Betânia, que de vez em quando me ligava para dizer que estava tudo bem e quando foi domingo ela ligou para falar do acontecido. Estamos muito triste, principalmente da forma como foi. É ridículo! Pelo amor de Deus onde está a segurança dessa cidade”, desabafou o pai.

O irmão de Cláudia declarou ainda ela tinha saído de casa na sexta e souberam de notícias dela já morta, na madrugada de domingo.

A família está se dirigindo à Delegacia Regional de Santo André para prestar depoimento, em busca de encontrar o autor do crime. O corpo de Cláudia estava carbonizado da cintura para cima.

Caroline Oliveira
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