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Corinthians vence Huracán na despedida de Marcelinho

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A tarde no Pacaembu era de clima "família", como raramente se vê nos jogos de futebol dos dias de hoje. Pais que nos anos 90 se deliciaram com as jogadas do pequenino camisa 7 e festejaram a conquista de títulos paulista, brasileiro, mundial queriam mostrar para seus filhos o que foi Marcelinho Carioca vestindo a camisa do Corinthians.



"Com certeza foi o jogador que mais honrou a camisa do time nos últimos anos. Meu filho nunca viu ele jogar. Vai ser uma surpresa ele ver o que é Marcelinho em campo", afirmou o empresário Saulo Azevedo, 41 anos, ao lado do filho Luca.

Dentro do Estádio do Pacaembu, as camisas 7 que dominavam as arquibancadas durante a década passada voltaram a dividir espaço com as de número 9, as 10, entre outras. O lado da arquibancada onde Marcelinho comemorou gols históricos, como uma falta que cobrou do meio da rua contra o Palmeiras e correu para chutar a bandeirinha de escanteio, no Campeonato Paulista de 1995, estava lotado como nos seus velhos tempos.

Antes do início da partida, os novos reforços foram apresentados à torcida. Mas a entrada de Ralf, Tcheco, Iarley, Danilo e Roberto Carlos no gramado foi rapidamente ofuscada quando o ex-meia, vestindo a camisa 100, apareceu na boca do túnel e as arquibancadas começaram a entoar o grito "Uh, Marcelinho", que já estava esquecido com o passar dos anos no Pacaembu.

O primeiro toque na bola e a euforia da torcida. Aos 7min, o "Senhor Centenário" teve seu primeio lampejo. Deu um lançamento para Defederico no meio dos zagueiros, mas o argentino se atrapalhou com a bola e chutou desequilibrado.

Com a adrenalina a mil, o craque correu, recuou para pegar bola e mostrou a velha precisão em bolas paradas em uma cobrança de falta em que quase o zagueiro William abriu o placar.

O tempo foi passando e o gás diminuindo, mas ainda teve tempo de uma última jogada aos 37min. Em um lançamento preciso para Souza, com a curva na bola que marcou sua carreira, o ex-meia colocou o centroavante livre, na cara do gol. Mas Souza se atrapalhou e perdeu a bola.

Fim do primeiro tempo e a ficha caiu. Marcelinho chega na boca do túnel, mas volta para o gramado. Tem que agradecer aos que estavam na arquibancada e o fizeram virar ídolo da nação corintiana. Na volta olímpica, o ex-camisa 7 sobe no alambrado onde comemorou tantos gols e se emociona.

Passa pelas numeradas, chega no Tobogã e resolve extravasar. "Eu amo essa nação corintiana. Rumo à Libertadores, campeões da Libertadores. P..., obrigado pelos carinhos e críticas, porque aprendi a ser homem, cidadão e verdadeiro corintiano até o final", disse o meia, para delírio da torcida presente à partida.

"Estou muito honrado e feliz. Agradeço à nação corintiana e à diretoria, a todos que fizeram isso para eu voltar. Corinthians é minha história, meu amor. Participar deste jogo, desta vitória contra os hermanos, ter participado das jogadas e ver a alegria de toda essa meninada... Finalizo a carreira de maneira honrosa", completou, emocionado.

É o fim honroso de uma carreira marcada por várias polêmicas e dedicada em grande parte ao clube que considerou "sua segunda pele". Marcelinho sai dos campos e agora veste terno e gravata para atuar no marketing corintiano, mas volta para casa feliz por ter voltado a ser "rei" no Pacaembu.


Fonte: Terra

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