O reitor eleito da Universidade Estadual do Piauí, Carlos Alberto, declarou hoje que recorreu à Justiça para anular o processo seletivo que contratou servidores em dezembro. Segundo ele, o edital foi lançado no início do recesso de fim de ano e foram destinados apenas 2 dias para a inscrição.

Além disso, o processo seletivo não teria o aval da Secretaria de Administração nem do governador Wellington Dias. "Fomos pegos de surpresa com a demissão dos servidores e quando entramos de recesso foi divulgado um edital de uma seleção. Nós estranhamos que a administração velha faça um concurso baseado em análise curricular. Este é um ato administrativo e é passível de nulidade", explica.

Carlos Alberto entrou em contato com o Sindicato dos Servidores e entraram com pedido de anulação. O sindicato acredita que o processo seletivo teria sido feito com base em análise curricular, valendo-se do tempo de serviço, para beneficiar os servidores que haviam sido demitidos por força de pressão judicial.

O reitor diz que pretende fazer um concurso para servidor efetivo logo no início de sua gestão. Além disso, devem ser demitidos os cargos comissionados assim que ele assumir.

"Nós vamos demitir as pessoas que estão ocupando cargos de confiança e alguns cargos devem ser ocupados por servidores efetivos. Estamos montando essa equipe para que a gente possa trabalhar depois do dia 27. Gosto muito de todas as pessoas que fazem parte do Nucepe, não tenho nada contra ele [Francisco Felipe, presidente], mas esse é um novo momento. Não poderia dizer que ele ficaria porque seria inadequado quanto ao que eu disse na campanha", finaliza.


Período de transição


O reitor Carlos Alberto disse ainda que está tendo dificuldades nesse período de transição administrativa porque a reitora Valéria Madeira não aceitou montar uma equipe de transição. A antiga administração está apenas elaborando um relatório sobre as atividades que estavam sendo desempenhadas e prometeu repassar à nova administração.

Leilane Nunes
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