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Fabricantes de eleteroeletrônicos criticam fim da isenção do IPI

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O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, criticou a decisão do governo de acabar com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na chamada linha branca.

Ele disse que só tomou conhecimento da mudança pela imprensa e não tem ainda confirmação oficial da medida. Para ele, os produtos já faturados pela indústria não deverão ter reajuste de preço no varejo neste final de semana..

A necessidade do fim dos incentivos fiscais para a linha branca e os automóveis foi defendida ontem (28) pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, após o final da reunião do Conselho Monetário Nacional. Ele disse que não ver necessidade de renovação dos incentivos fiscais para esses setores.

A Eletros reúne os maiores fabricantes de eletrodomésticos e eletroeletrônicos de consumo do país. Segundo Kiçula, se a medida for confirmada, a maior preocupação é a falta de estímulo que isso pode provocar na fabricação dos produtos do chamado “selo verde”, que desde o final do ano passado tiveram redução proporcional do IPI por serem consumirem menos energia.

“Isso coloca também o consumidor nessa posição, no jogo de também ajudar na conservação de energia, de salvar o planeta. Essas coisas são indispensáveis, já que vemos como estão as questões ligadas ao desequilíbrio do clima, essas coisas”, disse.

Kiçula avalia que foram bons os dez meses de redução do IPI para o setor, já que houve crescimento de vendas de lavadoras de roupa (25%), fogões (6%) e refrigeradores (20%) em comparação com 2008.

“Mas entendemos que na situação em que se tem déficit primário [o contrário de superávit primário, economia que o país faz para honrar compromissos financeiros; quando há déficit, significa que a economia não foi suficiente], e essa é a preocupação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, isso possa ser reavaliado”, afirmou.

Quanto à manutenção dos estímulos à produção dos eletrodomésticos com selo verde, a Eletros promete continuar na luta para que cada vez mais sejam eficientes com o gasto energético e que essa luta traga algum benefício para a indústria.

O presidente da Eletros afirmou que não acredita em um alinhamento de preços no fim de semana, período em que termina o prazo para a redução do IPI de eletrodomésticos, porque o faturamento desta semana da indústria está fechado. Como o varejo faz as compras sempre na última semana, é natural, segundo ele, um crescimento da indústria, que promete entregar até o último produto com o IPI reduzido.

Fonte: Agência Brasil

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