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Clubes de futebol do Piauí não pagam direitos trabalhistas e são acionados

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A Procuradoria do Trabalho em Picos, sul do Piauí, ingressou com ações civis públicas na Justiça do Trabalho no último dia 19 contra a Associação Atlética Cori-Sabbá, de Floriano, e o Oeiras Atlético Clube, de Oeiras por descumprimento de leis trabalhistas na contratação de jogadores. O procurador Antônio Gleydson Gadelha de Moura é o responsável pelas ações.


Segundo o Ministério Público do Trabalho, no decorrer dos dois inquéritos, Cori-Sabbá e Oeiras negaram-se a se adequar ao pagamento de direitos, como depósitos de FGTS e recolhimento de INSS. Para o procurador, "a situação dos jogadores de futebol é calamitosa". "A vida produtiva dos jogadores é mínima, e geralmente terminam os sonhos quando começam as contusões. Não têm acesso a condições mínimas para realizar a dura rotina de atletas. Trabalham comumente em outras profissões", disse.

Os salários pagos, além de baixos, seriam sem garantias. "Os clubes contratam apenas na época dos jogos, e, além do mais, não lhes pagam conforme determina a legislação, sendo que muitos jogadores sobrevivem de arrecadações de partidas. Ao final, sem contribuições previdenciárias e fundiárias, ficam desamparados", acrescentou.

Ciente dos problemas graves do futebol do Piauí, Antônio Gadelha reforça que as leis trabalhistas devem ser cumpridas, mesmo com o fechamento dos departamentos de futebol - hoje o Oeiras está desativado. "Em todos os finais de campeonatos - principalmente quando sofrem eliminações prematuras -, os clubes de futebol fecham as portas, dispensam (quase sempre sem respeito à legislação) os atletas e se dizem desativados. A legislação brasileira já tratou de proteger o atleta".

Da Redação
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