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Campeão olímpico César Cielo entre Pinheiros e Corinthians

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Pinheiros ou Corinthians? Nos próximos dias o campeão mundial e olímpico César Cielo deverá anunciar seu futuro. Uma coisa é certa: se trocar o Itaim pelo Parque São Jorge, o nadador não contará com seu técnico no Brasil, Alberto Silva, pelo menos não em tempo integral. O treinador recebeu oferta dos dirigentes corintianos e, apesar de considerar bom o projeto, não deixará o Pinheiros. Assumiu compromisso com atletas que se transferiram para o clube para trabalhar com ele e não poderia deixá-los.



Albertinho diz que está nas mãos de Cielo a decisão sobre seu futuro. Afirma que, de qualquer forma, o vínculo com o pupilo não se encerra por completo, mesmo que vá para um clube rival. "Só não sei como seria isso. Vou esperar para ver o que acontece, porque não sei o que ele (Cielo) vai resolver." O treinador diz que está aguardando uma posição do atleta.

Até a semana passada, a tendência era de que o nadador permanecesse no Pinheiros, porém um encontro na quinta-feira entre a mãe e representante, Flávia Cielo, e dirigentes corintianos teria causado uma reviravolta, pois várias condições impostas teriam sido aceitas no Parque São Jorge. Segundo o diretor de Esportes Aquáticos, Danilo de Mello, o tipo do contrato seria semelhante ao firmado com Ronaldo e o nadador receberia salário e parte dos lucros com contratos publicitários captados pelo departamento de marketing.

Isso representaria vantagem com relação ao Pinheiros, que tradicionalmente exige parte das cotas de patrocínio captadas por seus atletas em contrato. A discordância nesse quesito seria o principal ponto desfavorável à renovação. Além disso, o clube tem por tradição estabelecer em seus acordos a possibilidade de intervir nos contratos de publicidade de seus atletas.

Segundo Mello, a ideia é usar a imagem de Cielo para dar impulso à natação do Corinthians em investimentos tanto de estrutura física como de atração de outros atletas. No último Campeonato Brasileiro Absoluto, em dezembro, o clube participou de 21 das 32 disputas de medalhas, com quatro pódios. "Fomos campeões brasileiros juvenil de inverno e verão", lembra o diretor. Entre as iniciativas previstas para aprimorar o nível da comissão técnica está a viagem de técnicos do clube para observar o trabalho feito pelo técnico de Cielo nos Estados Unidos, Brett Hawke, em Auburn.

Os dirigentes do Corinthians dão a transferência como certa, dependendo apenas da assinatura do contrato. Cielo não teria condições de fazê-lo pessoalmente em curto prazo. Está em Austin, Estados Unidos, onde compete na quinta-feira, e precisaria resolver um problema de visto nos EUA (não tem mais vínculo estudantil com a Universidade de Auburn) para não ter problemas na viagem de retorno e prejudicar seus treinos.

No Pinheiros o compasso é de espera. O presidente Antônio Moreno Neto foi submetido a uma cirurgia para tratar um problema de diverticulite. Por ordens médicas está proibido de atender telefonemas e não retomará as atividades antes de amanhã. A saída de Cielo poderia causar um forte impacto sobre o clube não só no aspecto moral, mas financeiro pois o nadador é a principal atração da equipe olímpica e cartão de visitas na hora de captar recursos, seja com patrocinadores, seja com a verba da Lei de Incentivo ao Esporte.

De qualquer maneira, a janela de transferências na Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) termina no dia 30. Cielo precisaria acertar até esta data para representar o Corinthians no Troféu Maria Lenk deste ano. A família de Cielo não comenta as negociações. Diz que pretende fazer um anúncio oficial tão logo um acordo seja firmado. Onde Cielo treinaria com uma transferência? Haveria tempo para providenciar local até agosto, quando o nadador faz sua temporada brasileira de treinos.


Fonte: Estadão
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