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União das Mulheres Piauienses realiza ato por direitos da mulher

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A União das Mulheres Piauienses (UMP) realizará na próxima semana uma série de atividades para celebrar o Dia Internacional da Mulher com o tema “No 8 de março, não quero receber flores, quero meus direitos”. Dentre as atividades previstas está a manifestação no dia 8 de março, debates sobre violência contra a mulher, palestras nas escolas e universidades, audiências públicas e visita às delegacias especializadas.


Segundo Sueli Rodrigues, advogada e membro da UMP, as atividades serão realizadas a partir de histórias de vida de mulheres de Teresina. Nas visitas às delegacias e nas audiências com o poder público, serão relatados casos de mulheres vítimas de violência, desemprego e descaso do Estado como: falta de moradia, necessidade da criação do juizado da Lei Maria da Penha, morosidade da tramitação dos processos, paternidade não assumida, pensão alimentícia, falta de defensores públicos.


O evento é uma realização da UMP em parceria com Associação Brasileira de Lésbicas (ABL), Cáritas Brasileira Regional do Piauí, Intersindical, Conlutas, SINDJUS, SINTRAJURF, ADUFPI, Coletivo de Mulheres Rosa de Luxemburgo, PCO, PSOL e Resistência Camponesa.


O 8 de março
O dia 8 de março foi marcante para a história em deferência às 129 mulheres operárias têxteis que foram queimadas vivas dentro de uma fábrica em Nova Iorque, quando faziam greve pela redução da carga horária e melhores condições de trabalho, além do direito à licença maternidade.


Hoje, o 8 de março representa, além da lembrança do fato passado, a luta, o empenho, a discussão e participação da mulher em defesa de seus direitos, de condição de cidadania, da sua libertação, bem como a denuncia da violação dos direitos das mulheres.


No Piauí, a luta das mulheres tem englobado o combate à violência contra a mulher, pela descriminalização do aborto, por salário igual em trabalho igual, pelo respeito aos direitos reprodutivos, por uma nova moral sexual, pela discussão da inserção da mulher na política e lutas por cidadania, vida digna e pelos direitos humanos.


O enfrentamento à violência contra a mulher é uma das principais bandeiras. Ela pode se dar nos mais diversos aspectos: social, estrutural, conjuntural, física, subjetiva, psicológica e emocional. Recentemente o Grupo de Produção Santa Isabel do bairro Satélite, composto essencialmente por mulheres, sofreu a violência de perto. O grupo de artesãs, cujas atividades são acompanhadas pela Cáritas Arquidiocesana de Teresina, teve seu ateliê totalmente destruído por vândalos na noite do dia 3 de fevereiro, prova do desrespeito à mulher na sociedade.


Calendário de atividades
8 – 8h – Ato público na Braça da Bandeira e concentração para caminhada com paradas na Prefeitura Municipal de Teresina e Palácio de Karnak
9 – 9h – Visita às Delegacias da Mulher
10 – 9h – Visita à Assembléia Legislativa
11 – 15h – Visita à Delegacia Regional do Trabalho
12 – 9h – Visita ao Poder Judiciário



Da redação
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