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Marcelo Castro compara votação do pré-sal a eleição de Tancredo

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Fotos: Rodolfo Stuckert/Agência Câmara
O presidente da Câmara, Michel Temer, comanda a acalourada sessão

Começou por volta de 20h30min desta quarta-feira (10) a votação que definirá a partilha dos royalties do pré-sal. As discussões são acalouradas, com defesa constante dos fluminenses pelo Estado do Rio de Janeiro, enquanto os deputados do resto do país defendem a divisão igualitária dos recursos em função da maior população e menor renda per capita.

Em seu discurso, Marcelo Castro (PMDB/PI) disse que "Hoje é o dia mais importante dessa legislatura, desta década, deste século. O dia de hoje só é comparável com o dia em que essa casa votou as eleições diretas, e o dia em que essa casa elegeu Tancredo Neves. Estamos fazendo história, história da boa. Estamos transformando o nosso Brasil em um Brasil melhor".

O deputado piauiense afirmou que o projeto dará recursos a municípios falidos, para melhorarem sua Educação, Saúde, e Infraestrutura, e disse que haverá grande injustiça se o mesmo não for aprovado. "Isso não é Justiça aqui, nem na China, e nem na Cochinchina", declarou.


Marcelo Castro comparou os municípios de Olinda/PE e Campos/RJ como semelhantes, e afirmou que, caso o projeto seja vetado, Olinda receberá R$ 2 milhões por ano, enquanto Campos contará com R$ 2 bilhões, um milésimo da renda destinada ao município que sedia as bases petrolíferas. 

Citando o Almirante Barroso na Guerra do Riachuelo, Castro disse que "o Brasil espera que cada deputado e cada deputada cumpra o seu dever votando a favor do povo brasileiro".

Petista diz que Lula vetará projeto
O deputado Cândido Vaccarezza (PT/SP) defendeu que a proposta é inconstitucional e terá de ser vetada pela Presidência por quebrar os contratos vigentes. "Isso é terreno na lua! A proposta não é constitucional. Se for aprovada, o presidente Lula será obrigado a vetar. Não adianta vaiar. Em época de eleição, é comum isso aqui, infelizmente".

Os deputados contrários se viraram de costas para Vaccarezza e foram repreendidos até pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB/SP).


Vaias no plenário
O deputado Carlos Willian (PTC/MG) foi vaiado ao dizer que a proposta é uma ilusão, um "sonho de verão", e será vetada. "Vou votar favorável, sabendo que ela não vai prosperar. Essas vaias depois serão aplausos porque eu tinha razão". Ele defendeu uma emenda para destinar parte dos royalties aos aposentados, que foi rejeitada por ser apresentada fora do prazo. 

Fábio Lima
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