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PT aprova regras do governador e pede que ele renuncie cargo dia 2

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Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com



Por 41 votos a 1, e uma abstenção do deputado federal Nazareno Fonteles, o Partido dos Trabalhadores aprovou na tarde deste domingo a tese apresentada pelo secretário de Educação, Antônio José Medeiros, para as eleições de 2010: o PT respeitará os critérios adotados pelo governador Wellington Dias, terá maior participação no processo de escolha, e aprovou a renuncia do governador para que ele dispute o Senado Federal.

A decisão ocorreu em encontro do partido que teve início na manhã deste domingo (14), no Centro de Treinamento Socopinho, zona leste de Teresina. A reunião contou com 200 pessoas e só terminou por volta de 16h40min. Derrotado, Nazareno Fonteles, que defendia a candidatura própria, foi embora sem falar com a imprensa e notadamente aborrecido. Nenhuma de suas propostas foi aceita pela executiva do partido.



Para o presidente do diretório, Fábio Novo, a reunião foi uma vitória para o PT, que mostrou ter maturidade e não tomou decisões isoladamente. A sigla não criará empecilhos para a candidatura da base, sem vetos a qualquer nome que seja escolhido. Foi aprovado ainda que a executiva e o pré-candidato Antônio José Medeiros irão participar das conversações para definirem, ao lado do governador e outros partidos, o nome da base aliada no pleito de outubro.

O item de que o PT vai defender candidatura própria ao Governo do Estado, mas respeitando os critérios definidos com os partidos da base aliada, foi aprovado por 28 votos a 12. Outra decisão tomada foi a de que a prioridade para Wellington Dias é a candidatura ao Senado, e que ele deve renunciar ao cargo de governador. Se ficar, o PT lancará candidatura própria. Dos 20 itens apresentados por Antônio José Medeiros, 17 foram aprovados por unanimidade.





Durante o encontro, Nazareno Fonteles foi bastante aplaudido ao defender sua tese de candidatura própria, mas acabou vencido. Ele reafirmou ainda que não vota no senador João Vicente Claudino (PTB), nome mais provável para encabeçar a chapa da situação.

Adalberto Pereira, integrante de uma das alas radicais do PT, disse respeitar a decisão do diretório, e que o encontro de hoje mostrou que o partido ruma para a candidatura própria ao adotar a postura de defender a presença da executiva e seu pré-candidato nas negociações.

Assis Carvalho, secretário estadual de saúde, ressaltou que a decisão de hoje representa a compreensão que o PT tem para a abertura do leque de alianças, respeitando os critérios adotados pelo governador de compromisso com o projeto, aglutinação da base, e apelo popular, mostrado através de pesquisas.



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Yala Sena (flash do centro Socopinho)
Fábio Lima (da Redação)
[email protected]

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