Os técnicos da Delegacia do Silêncio apreenderam na madrugada de sábado para domingo, 13 equipamentos de som em três inspeções realizadas por toda Teresina. Os locais visitados foram determinados pelo delegado geral ou eram alvo de denúncias de moradores.

Somente na Curva São Paulo, cerca de cinco mil pessoas estavam no local e dezenas de carro de som. No local, a delegada Eliene Clarck sofreu ameaça de morte.

Foto Ilustrativa


Zona Leste

O primeiro local, foi na avenida João XXIII, onde havia uma festa numa mansão. Segundo o escrivão da Delegacia do Silêncio, Ferdinand Carvalho, a ordem de missão no local foi determinada pelo delegado geral James Guerra.

Ao chegar no local, a delegada Eliene Clarck, técnicos do Meio Ambiente, Polícia Militar, não encontraram a documentação necessária para o funcionamento como: alvará, plano de segurança, licença do Corpo de Bombeiros e Ambiental. Além da aferição da altura do som está irregular. O local foi interditado imediatamente.

O escrivão relatou ainda que vários menores de 14 a 16 anos estavam no local ingerindo bebida alcoólica e uma bolsa com vários vidros de Loló também foi encontrada. Os policiais apreenderam equipamentos de som para que a festa não continuasse após sua saída.

Zona Sul

A equipe também esteve nos trailleres próximo ao mercado público do bairro Parque Piauí, na avenida Juarez Távora, onde vários carros de som ficam ligados, perturbando os vizinhos que já fizeram um abaixo-assinado. Os policiais fecharam os trailleres e apreenderam um carro de som e duas máquinas Jukebox (máquina musical).

Zona Sudeste

A última ronda realizada pela Delegacia do Silencio aconteceu no Balneário Curva São Paulo, onde constantemente moradores ligam reclamando do barulho. De acordo com Ferdinand Carvalho, por volta das 3 horas da madrugada, cerca de cinco mil pessoas estavam no local com dezenas de carros de som ligados ao mesmo tempo.

“Pedimos auxilio dos policiais da Rone, para realizar as apreensões de oito carros e fechar os quiosques, já que a delegada Eliene já havia sofrido ameaça de morte no local”, revelou o escrivão.

Procedimento

Quando o som é embutido no veículo, os policiais apreendem todo o veículo e técnicos retiram o som, na manhã de segunda-feira. O equipamento fica preso por 15 dias. Quando é reincidente o caso é encaminhado para o Juizado de Pequenas Causas.

“O proprietário deve comparecer no prédio da Delegacia na rua 24 de janeiro, nº 500, para assinar o auto de restituição e o termo de compromisso”, declarou Ferdinand Carvalho.



Caroline Oliveira
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