Após inspeção realizada na manhã desta terça (20) no Fórum Central onde funcionam as varas de família, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Sigifroi Moreno, afirmou que irá enviar relatório ao Tribunal de Justiça e à Corregedoria solicitando a mudança do prédio. Os dirigentes da OAB também denunciam a falta de estrutura física e de pessoal que impossibilita o julgamento dos mais de 4 mil processos encalhados nas gavetas dos juízes.
Fotos: Leilane Nunes/CidadeVerde.com
“Há uma completa falta de estrutura física e isso acaba acarretando num tratamento desumano para com as pessoas que frequentam o local. O advogado cita o exemplo de um computador para auto-atendimento localizado na entrada do prédio. O jurisdicionado (pessoa que move o processo) precisa acessar o computador para ver o seu processo sem ajuda de nenhum funcionário. Na maioria das vezes, as pessoas não tem instrução para fazer isso”, diz Moreno.
Além disso, a OAB afirma que tanto famílias quando advogados precisam esperar pelas audiências nos corredores. Nenhuma dependência do prédio tem ar condicionado, a não ser as salas de audiência e não há adaptação para a acessibilidade de deficientes físicos.
O aposentado Luiz Gonzaga Bastos é um dos prejudicados por conta deste quadro. O processo de separação que ele impetrou está parado no fórum há onze anos. “É um processo tão simples, meus filhos todos moram comigo. E eu já moro com outra mulher há 17 anos e nunca resolveram”, lamenta.
Flash de Leilane Nunes
Redação Carlos Lustosa Filho
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