Uma dívida de R$ 2,9 mil levará a sede do River Atlético Clube a leilão no dia 31 de maio. A decisão é da Justiça do Trabalho, com base em notificações não respondidas desde o ano passado. O débito diz respeito a encargos trabalhistas da Previdência Social.

O River possui dívidas ainda dos anos 1990 e ainda renegocia parcelamento de débitos com a Receita Federal. Além disso, o clube precisa de R$ 70 mil para manter a folha de pagamento do time que disputa o Campeonato Piauiense. Mas os patrocínios somam apenas R$ 30 mil.

A sede, que já teve parte do terreno vendida no passado para pagar dívidas, hoje conta com 40 mil metros quadrados em área nobre, na zona leste de Teresina. O clube já pretendia vender a mesma por cerca de R$ 10 milhões. Indo a leilão, o valor pode ficar em R$ 4 milhões.

A juíza do Trabalho Benedita Paes Landim disse que as notificações foram enviadas ao clube desde junho de 2009, e ninguém jamais compareceu. "O que aconteceu aqui é justamente um descaso para com a decisão da Justiça. Diante dessa situação, não restou outra alternativa a não ser mandar ir a leilão", explicou.

Dívidas já fizeram o Flamengo trocar a sede no bairro Tabuleta por uma mais distante, na BR-316, zona sul de Teresina, ainda nos anos 1980. Já nesta década, o Piauí Esporte Clube vendeu a sede para pagar dívidas, e montou melhor estrutura na Usina Santana, zona sudeste.

Elizeu Aguiar, presidente do River, disse que a situação está sob controle. "Já conversei com o nosso vice-presidente e ele já está pegando toda a documentação. Isso a gente já vem convivendo há anos, e é por isso que a gente pensa em mudar a estrutura do River para algo profissional. A torcida do River pode ficar tranquila. Não será leiloado porque isso já aconteceu até com valores maiores, a gente foi lá e pagou. Está totalmente sob cotrole", garantiu.