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Pesquisa Captavox repercute entre dirigentes do futebol piauiense

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Dirigentes de clubes e da Federação de Futebol do Piauí comentaram os números da pesquisa do instituto Captavox, divulgados nesta quinta-feira (6) no Jornal do Piauí. Um dos dados que mais chamou a atenção foi o percentual de pessoas que não torcem para qualquer time da capital do Estado: 31,8%.

Técnico do Flamengo, Paulo Moroni defendeu reforço das categorias de base

Presidente do River, Jairo Cavalcante já esperava o resultado da pesquisa. "Até nos meios de comunicação, quase não se fala no futebol do Piauí. Às vezes as pessoas não sabem nem quais são os times do Estado", comentou o dirigente, que pede mais atenção do poder público. Segundo ele, o investimento sem retorno de público realizado em anos anteriores no Carnaval não é repetido no esporte.

Evaldo Carvalho, supervisor do River Atlético Clube, lembrou que o Galo não decide título estadual com o rival Flamengo há oito anos. A última, com vitória tricolor, foi em 2002. "Antes disso, eles só decidiram título em 1977. O torcedor não vê os dois principais times decidindo títulos", avaliou.

O técnico do Flamengo, Paulo Moroni, participou de debate no Jornal do Piauí durante a divulgação da pesquisa. Ele lembrou que o futebol piauiense já teve destaque nacional, que ficou esquecido. "Nos anos 1970 houve um trabalho, mas não se manteve a base do clube", lembrou ao defender ação de clubes com os mais jovens.


Everaldo Cunha, presidente do Flamengo, reclama da publicidade dada aos times do Rio de Janeiro pela imprensa. "É muita publicidade em cima dos times cariocas, dos times de fora. As pessoas não enxergam o Piauí. Pergunte nos bares se o torcedor sabe que hoje tem jogo do Campeonato Piauiense", declarou. Para ele, ainda é preciso maior investimento do Estado, como há no Ceará, Pernambuco, Bahia e Maranhão. "Não existe publicidade maior para um Estado que uma Série A ou Série B. E estando na Série B, não se precisa de Governo", acrescentou.

Federação
O presidente da Federação de Futebol do Piauí - FFP -, Lula Ferreira, também torce para um equilíbrio maior entre River e Flamengo. Ele defendeu mais apoio do poder público, e também admitiu responsabilidades. "Lógico que nós temos nossas falhas. A gente tem tentado melhorar, estamos correndo atrás. O problema é que hoje o futebol é um comércio forte, e sem a grana... Aqui nós já chegamos no limite. Mas temos que continuar lutando, continuar tendo esperança", disse.

Veja o debate realizado no Jornal do Piauí



Fábio Lima
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